Depois das greves de 18 a 20 de Dezembro, os responsáveis dos CTT de Figueiró dos Vinhos assumiram o compromisso de a melhorar as instalações e condições de trabalho, assim como o de «reforçar as equipas de trabalho». Meses depois, sem que nada em concreto tivesse sido feito, os trabalhadores convocaram nova acção, de 11 a 13 de Junho, para contestar o marasmo em que a empresa se encontrava.
E a greve foi suspensa, demonstrando os trabalhadores, uma vez mais, a sua boa vontade em todo o processo, destaca o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN). Três meses depois, a empresa continuava a não cumprir com a sua palavra. Para estes responsáveis dos CTT, os compromissos são «para ficar no papel», denuncia o sindicato.
A greve «geral» dos trabalhadores dos CTT de Figueiró dos Vinhos vai prolongar-se ao longo de toda esta semana, contando com uma adesão «quase total». A determinação destes profissionais será ainda «expressa na rua, no próximo dia 4 (quinta-feira) com uma concentração na Praça do Município, a partir das 08h».
Em causa está o incumprimento da «integração de novos trabalhadores, apesar de haver 2 postos de trabalho que ficaram vagos por aposentação, tendo sido ocupados por contratados a termo certo» que já terminaram os seus contratos. O mesmo se passa com a substituição de trabalhadores em férias. O SNTCT acusa ainda os CTT de terem retirado localidades e lugares dos trajectos, «causando grandes problemas tanto no tratamento como na distribuição do correio».
Os trabalhadores exigem a «integração nos quadros da empresa de dois trabalhadores», especificamente «os que terminaram agora os contratos devido ao conhecimento que adquiriram durante estes anos de trabalho»; a contratação «de mais um trabalhador para substituição no período de férias»; «réguas revistas e rectificadas com a maior urgência e com leitura fácil, de forma a não criar problemas de visão».
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