A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN), solicitou reuniões, com carácter de urgência, aos ministérios da Economia e do Trabalho, face às recentes notícias «sobre problemas provocados por falhas no fornecimento de semicondutores da Nexperia, destinados a empresas do sector automóvel e fabricantes de componentes».
A federação pretende a intervenção do Governo, no sentido de salvaguardar o emprego e os direitos dos trabalhadores, considerando que «os trabalhadores não têm de partilhar os riscos desses jogos de interesses», resultantes das «guerras entre as diferentes faces do capital». Por outro lado, a FIEQUIMETAL responsabiliza também a Comissão Europeia pelas «consequências da sua política de desinvestimento na indústria, incluindo este importante sector».
A federação sublinha também que «cenários conjunturais de instabilidade ou hipotéticas crises, resultantes de decisões políticas e opções económicas», não podem servir de pretexto para retirar direitos aos trabalhadores.
A preocupação da Fiequimetal é expressa após o anúncio, pela Bosch Portugal, da sua intenção de colocar em lay-off 1700 trabalhadores, para responder à falta de semicondutores provenientes da Nexperia, nos Países Baixos. A federação sindical receia as repercussões das decisões da multinacional na indústria automóvel em Portugal, de que a empresa alemã é fornecedora de peças.
A situação na fábrica da Bosch em Braga, como o AbrilAbril noticiou ontem, está a ser acompanhada de perto pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente (SITE-Norte), que rejeita a medida anunciada.
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