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Matutano: os trabalhadores só servem para os lucros e para a fotografia

Com um lucro líquido, no total do grupo PepsiCo, de mais de três mil milhões de euros num só trimestre, a Matutano fez saber que, mesmo assim, ia cortar os prémios dos trabalhadores.

Os trabalhadores protestam contra a implementação da laboração contínua e contra o regime de horários em quatro turnos
Os trabalhadores protestam contra a implementação da laboração contínua e contra o regime de horários em quatro turnosCréditos / Sintab

«É este o resultado do respeito que a empresa tem pelos seus trabalhadores: cortes nos subsídios de assiduidade, cortes no prémio Tu Contas e cortes nos aumentos salariais anuais», lamenta o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar do Centro, Sul e Ilhas (STIAC/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.

Nem com um lucro líquido de quatro mil milhões de dólares, só no primeiro semestre de 2021 (um crescimento de 36% em relação a 2020), e uma facturação de 34 mil milhões de dólares no primeiro semestre, mais 14% mais que no mesmo período de 2020, a Matutano se decidiu a não prejudicar a vida dos seus trabalhadores.

Porque «o sector agroalimentar nunca parou». Estes trabalhadores nunca estiveram em teletrabalho, colocaram em risco a sua vida e a vida das suas famílias, todos os dias, aumentando exponencialmente os lucros da empresa. «Horários desregulados, regimes de laboração contínua e horários que não cumprem o devido descanso».

Ainda assim, a Matutano não conseguiu conter o desprezo que sempre demonstrou pelos seus funcionários e, ignorando o esforço destes trabalhadores durante a pandemia, aplicou «cortes nas suas avaliações e aumentos salariais, penalizando todos os que foram afectados pela Covid-19».

«Em Maio de 2020, a empresa premiou os trabalhadores com 150 euros pelo seu esforço e agora vem cortar todos os prémios, as avaliações e o respectivo aumento salarial», denuncia o sindicato, questionando se esse prémio não terá sido «apenas para a fotografia».

Face à indignação dos trabalhadores, que não aceitam os cortes sofridos, estão «já agendados plenários com o STIAC para os próximos dias 2 e 3 de Maio, para debater este e outros assuntos».

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