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Greve por turnos arranca em sete empresas do sector corticeiro

Em 2022, o sector corticeiro facturou mais de dois mil milhões de euros. De 12 e 15 de Julho, os trabalhadores vão parar a produção em 7 das maiores empresas do sector, em luta por aumentos salariais dignos.

Trabalhadores rejeitam o horário concentrado de 12 horas em 3 dias de turnos contínuos e não aceitam o fim do sábado e do domingo como dias de descanso
Trabalhadores rejeitam o horário concentrado de 12 horas em 3 dias de turnos contínuos e não aceitam o fim do sábado e do domingo como dias de descanso CréditosNuno Veiga / Agência Lusa

Mesmo num sector de lucros obscenos, com uma facturação de mais de dois mil milhões de euros só em 2022, o patronato «teima em não querer aumentar devidamente os salários, num sector em que a maioria dos trabalhadores tem um salário base mensal de apenas 868 euros», denuncia a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN).

A proposta patronal (da Associação Portuguesa da Cortiça), no entanto, fica-se pelos 58 euros de aumento nos salários e 50 cêntimos por dia para o subsídio de refeição: «uma desconsideração para os trabalhadores e que representa uma perda real do seu poder de compra» face aos valores da inflação e o aumento brutal do custo de vida.

Só a Corticeira Amorim, líder mundial no sector da cortiça, «somou lucros de mais de 98 milhões de euros em 2022», somando ao primeiro trimestre de 2023, «já acumulou lucros líquidos de quase 24 milhões de euros. Ou seja, cerca de 8 milhões de lucros líquidos por mês».

Os trabalhadores corticeiros, organizados na Feviccom, decidiram demonstrar o seu desagrado e a sua exigência de maiores aumentos salariais através de greves parciais, entre os dias 12 e 15 de Julho, parando a produção de sete empresas.

A 12 de Julho, na Amorim Subertech, a produção estará suspensa entre as 10h/12h; 16h/18h e das 22h/24h, um conjunto de paragens que se repetirá na Amorim Cork Flooring. Na Socori – Sociedade de Cortiças de Riomeão, a greve vai afectar os turnos a laborar entre as 10h/12h e 17h/19h, repetindo-se a situação a 13 de Julho, das 00h às 2h30.

Os trabalhadores da Granorte – Revestimentos de Cortiça vão realizar paralizações ao longo de três dias, 12, 13 e 14 de Julho, sempre nos mesmos horários: 10h30/12h; 14h/15h30. A Amorim Cork estará em greve no dia 13, das 5h/8h; 13h/17h e 21h/24h, enquanto a paralização da Amorim Champcork está agendada para as 14h/16h de dia 13 e o turno das 4h/6h no dia 14. 

A Amorim Cork Composites começa a sua acção de luta no dia 14 de Julho, às 9h/11h e às 16h/18h, prolongando a greve até ao dia 15 de Julho, de madrugada, das 4h às 6h.

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