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Agora, quem falou grosso foram os vidreiros. Greve termina em vitória na Vidrala

«Lutámos e vencemos». Dois meses depois do início das greves no Grupo Vidrala (Vidrala Logistics, Santos Barosa e Gallo Vidro), os vidreiros conquistaram aumentos de, pelo menos, 70 euros em 2025, 2026 e 2027.

Greve dos trabalhadores do Grupo Vidrala 
Créditos / STIV

Nem a aplicação, «por acto de gestão, de valores mais baixos assinados com outros sindicatos» conseguiu travar o ímpeto da luta dos trabalhadores vidreiros do Grupo Vidrala. Em comunicado, a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN) e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV/CGTP-IN) anunciaram a vitória dos trabalhadores vidreiros do Grupo Vidrala (Santos Barosa, Gallo Vidro e a Vidrala Logistics), após várias semanas de greve.

As acções de luta prolongavam-se desde o mês de Março, contando, em vários momentos, com adesões de 100% às greves. Os trabalhadores descrevem um ambiente «tóxico», com temperaturas a rondar os 55ºC e ruído frequentemente acima dos 105 dB, ar impregnado de vapores de produtos químicos e óleos, incêndios, queimaduras e esmagamentos.

Entre 2025 e 2027, os trabalhadores das empresas destes grupos vão ter aumentos de, pelo menos, 70 euros anuais (já este ano, com efeitos a Janeiro, os 70 euros vão ser aplicados em cima do valor que foi aplicado por acto de gestão da empresa). Também o valor do subsídio de refeição vai aumentar anualmente, até aos 11 euros diários em 2027.

O trabalho realizado nas noites de Natal e ano novo será agora alvo de um subsídio: 75 em 2025, 100 em 2026 e 125 em 2027. A Gallo Vidro será também alvo de um aumento específico, para equivaler as tabelas salariais desta empresa com as restantes do Grupo Vidrala. Os subsídios de turno e os prémios de zona fria, quente, moldes, serão aumentados na percentagem correspondente aos aumentos do grupo 8 da tabela salarial (4,69%, no caso de 2025).

Este resultado, com aumentos muitos significativos nas remunerações dos trabalhadores, é indissociável das «valorosas greves travadas pelos trabalhadores e trabalhadoras da Santos Barosa e da Gallo Vidro, assim como da Vidrala Logistics», considera a Feviccom.

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