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Greve nos call centers da EDP prossegue com elevada adesão

Os trabalhadores da Randstad que laboram nos call centers da EDP estiveram esta terça-feira em greve, pelo aumentos dos salários, o fim da precariedade e contra a deslocalização de dezenas de trabalhadores para Seia.

Concentração de trabalhadores em frente ao call center da EDP, no Parque das Nações, 18 de Junho de 2019
Concentração de trabalhadores em frente ao call center da EDP, no Parque das Nações, 18 de Junho de 2019Créditos / O País em Luta: Manifestações em fotografia

A greve de ontem deu seguimento aos protestos convergentes do passado dia 14, realizados em vários call centers da EDP pelo País, convocados pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) e pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro e Norte (SITE-CN/CGTP).

Para além da greve, os trabalhadores da Randstad II realizaram uma concentração de protesto em frente às instalações do call center da EDP no Parque das Nações, em Lisboa, exigindo aumentos salariais e a integração efectiva na gigante eléctrica, visto que diariamente dão a cara pela empresa. O protesto contou também com a solidariedade de outros trabalhadores oriundos de outros «projectos».

Em nota de impresa, o SIESI recorda que a Randstad, que tem lucrado milhões de euros com o trabalho temporário, tem se recusado a aumentar os baixos salários dos trabalhadores, sendo que «as actualizações salariais têm ocorrido praticamente só por efeito do aumento do salário mínimo nacional».

Em declarações à SIC Notícias, Anabela Silva, dirigente do SIESI, afirmou que, no caso concreto daquele call center «chega a haver inclusive sub-subcontratação», exemplificando que «a EDP contrata à Accenture e esta contrata à Randstad».

«Existem duas empresas pelo meio, prestadoras de serviços, que não deviam existir. Não deveria ser permitido que existisse esta forma de todos ganharem dinheiro, menos os trabalhadores», acrescentou.

Deslocalização para fora de Lisboa é despedimento forçado

Presente no protesto em solidariedade esteve também Ana Mesquita, deputada do PCP na Assembleia da República, que afirmou que o seu grupo parlamentar vai questionar o Governo sobre o «despedimento encapotado» sobre 38 trabalhadores, que não sabem o seu destino a partir do dia 28 de Junho.

«É desumano não vos dizerem nada sobre aquilo que vai acontecer. Vocês têm direito a saber, têm família, têm responsabilidades, têm vida. Não é minimamente digno por parte da empresa não vos dizerem absolutamente nada. É uma pouca vergonha», frisou a deputada.

Ana Mesquita frisou ainda que o seu partido conhece bem a situação laboral nos call centers, considerando que, neste caso concreto, «a questão dos baixos salários é indecente» quando se considera que «a EDP tem 519 milhões de euros de lucros e não se dignifica a aumentar salários e a contratar os trabalhadores para casa-mãe».

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