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|Refinaria da Petrogal

Fecho da refinaria não protege o ambiente

Os trabalhadores participaram, esta tarde, numa marcha lenta em protesto contra o encerramento deste activo estratégico nacional, que lançaria milhares para o desemprego em plena crise económica.

CréditosJosé Pedro Rodrigues

Os trabalhadores da Petrogal realizaram esta tarde uma marcha lenta contra o encerramento da refinaria que partiu das instalações da empresa em Matosinhos com destino à Câmara Municipal, onde se realizou um plenário geral.

A Refinaria do Porto produz em Portugal um leque de matérias-primas essenciais para muitas indústrias e que passarão a ser importadas, se se concretizar o seu encerramento, afirma a comissão de trabalhadores da Petrogal em comunicado, alertando para o facto de várias indústrias poderem vir a encerrar por passarem a ter dificuldades na obtenção dessas matérias-primas essenciais, o que colocará mais trabalhadores no desemprego do que aqueles directamente implicados no encerramento da refinaria.

No comunicado, a comissão de trabalhadores lembra que a refinaria do Porto produz benzeno e parafinas para alguns medicamentos, asfaltos e betumes para impermeabilizações, solventes para refinação de óleos alimentares e para o fabrico de tintas e produtos de limpeza, ceras mineirais utilizadas nos pacotes de iogurtes, capas protectoras de queijos e na composição de velas, constituindo apenas alguns exemplos do que a torna um activo estratégico nacional.

Os trabalhadores criticam o ministro do Ambiente por, perante a questão do aumento das importações, ter afirmado que «muitos desses produtos serão produzidos de outras formas com a introdução de gases renováveis», sendo que não há quaisquer garantias que tal seja verdade.

A comissão de trabalhadores garante, pelo contrário, que o encerramento anunciado tornará o País mais «pobre e fragilizado», para além de não dar qualquer garantia quanto ao processo de descarbonização.

«A transferência das emissões de CO2 de um país para outro não resolve os problemas ambientais do planeta. Mais, não são contabilizadas a emissões de carbono adicionais proveniente do transporte dos combustíveis a partir de Sines», pode ler-se no comunicado.

Por outro lado, esta medida significará o desemprego de mais de um milhar de pessoas num momento de crise económica, o empobrecimento de centenas de famílias e da região Norte, afirma.

A comissão de trabalhadores defende a necessidade de investimento no complexo de forma a proporcionar uma transição das tecnologias de produção actuais para novas tecnologias, tendo em vista a redução da pegada de carbono de forma sustentada e a médio prazo, com adequados programas de formação dos trabalhadores.

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