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É o dia «mais negro» para os trabalhadores da refinaria de Matosinhos

Depois da decisão de encerrar a última unidade de produção nesta refinaria do distrito do Porto, o despedimento colectivo é consumado esta quarta-feira. 

Trabalhadores da Petrogal reúnem-se nas instalações da empresa para participar no plenário convocado para debater a decisão da Galp de encerrar definitivamente a refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, a 30 de Dezembro de 2020. Estão em causa 500 postos de trabalho directos e mais de mil em regime de prestação de serviços, além das micro, pequenas e médias empresas que produzem bens e serviços para a Petrogal
CréditosEstela Silva / Agência Lusa

O fecho da refinaria de Matosinhos representa a destruição de cerca de 5000 postos de trabalho e a perda de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) na Área Metropolitana do Porto.

Como reconheceu recentemente a Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal, «não há racionalidade económica na decisão tomada pela administração e demonstra-o, relativamente apenas a um semestre, o primeiro de 2021 e o primeiro onde é possível avaliar o impacto global para a empresa/grupo que foi penalizada em 70 milhões de euros e torna incompreensível a teimosia em levar por diante um crime económico e social que em aparência não aproveita a ninguém». 

No entender da CCT, a administração prescindir de várias dezenas de milhões de euros numa altura em que a redução de custos é asfixiante, «apenas pode indiciar que a decisão de encerramento da refinaria de forma apressada se deveu a compromissos assumidos e cujo retorno ainda não foi desvendado».

Um estudo encomendado pela Câmara Municipal de Matosinhos à Universidade do Porto para avaliar os impactos socio-económicos do fecho do complexo petroquímico no concelho traça um «cenário particularmente grave» para a região Norte e para o País, caso não seja dado qualquer destino àquela instalação industrial.

«No cenário de não existirem alternativas para o complexo de refinação da Petrogal estima-se a perda de 1600 postos de trabalho em Matosinhos e de 5000 na Área Metropolitana do Porto», refere.

A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos em 30 de Abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines. O despedimento colectivo de cerca de 150 trabalhadores da refinaria, consumado esta quarta-feira, «será o marco mais negro na história da empresa/grupo associado à decisão comprovadamente errada do encerramento daquela instalação», referia a CCT num comunicado divulgado na semana passada.

O Estado é um dos accionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.

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