Os resultados das eleições legislativas antecipadas, em que a AD do PSD e do CDS-PP ganha com maioria relativa, e o PS e o CH atingem igual número de mandatos, quando ainda falta apurar os votos dos círculos da emigração, levam a CGTP-IN a alertar para a necessidade de intensificar a luta por melhores condições de vida, nomeadamente por direitos e melhores salários.
Crítica das «várias instrumentalizações» de que estas eleições foram alvo, «apresentadas como um acto que servia para eleger um primeiro-ministro e não 230 deputados», a central sindical liderada por Tiago Oliveira lamenta a votação nas «forças mais reaccionárias e de extrema-direita». Já que, salienta num comunicado, a nova composição da Assembleia da República, «virada à direita», «é negativa e não responde aos interesses dos trabalhadores e do País».
Defende, por isso, o reforço da luta dos que vivem do seu trabalho tendo em conta os problemas que enfrentam, como os baixos salários e pensões, a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos serviços públicos ou a dificuldade do acesso à habitação, «fruto de décadas de política de direita».
«É fundamental a intensificação da organização e mobilização dos trabalhadores na defesa dos seus interesses e direitos, pela melhoria das suas condições de vida, para a implementação de uma política que promova e garanta o aumento geral e significativo dos salários e a subida das pensões, o trabalho com direitos e o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho e a sua regulação, o direito de contratação colectiva e da actividade sindical, mais e melhores serviços públicos», lê-se na nota.
Esta é de, de resto, uma acção que, acrescenta a Inter, os trabalhadores desenvolveram e que «se está a intensificar», havendo «lutas marcadas em todos os sectores e por todo o país». A central sindical exige medidas capazes de responder aos problemas e de garantir maior coesão social e territorial, ao mesmo tempo que vinca a necessidade de os direitos consagrados na Constituição da República serem defendidos, cumpridos e aplicados na vida dos trabalhadores e das populações», para que seja possível «afirmar Abril».
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