Em comunicado, o CESP afirma que as empresas têm vindo a propor medidas que representam «um claro retrocesso nos direitos laborais», nomeadamente a introdução do Banco de Horas e da Adaptabilidade, mecanismos que permitem alongar os horários de trabalho sem pagamento adicional.
Segundo o sindicato, «o Banco de Horas significaria trabalhar até mais duas horas por dia, sem remuneração e sem possibilidade de recusa», enquanto a adaptabilidade «poderia levar a semanas de até 60 horas de trabalho sem qualquer acréscimo salarial». Por estas razões, o CESP rejeitou assinar o acordo tanto em 2024 como em 2025.
O actual Contrato Colectivo de Trabalho em vigor garante benefícios como o subsídio de refeição de 4,50 euros por dia, diuturnidades de 11 euros por mês por cada três anos de permanência, abono para falhas de caixa de 18 euros por mês e pagamento de trabalho noturno a partir das 20 horas, condições que o sindicato diz querer preservar e reforçar.
Além da tentativa de alterar os horários, o CESP critica ainda a intenção das empresas em «manter parte da tabela salarial ao nível do salário mínimo nacional», o que considera uma «desvalorização das carreiras profissionais».
Para 2026, o sindicato promete endurecer a sua posição e mobilizar os trabalhadores. Entre as principais reivindicações apresentadas estão um aumento salarial mínimo de 150 euros, redução da semana de trabalho para 35 horas, 25 dias úteis de férias, dispensa no dia de aniversário, subsídio de alimentação de 6 euros por dia, diuturnidades de 12,65 euros e abono para falhas de 19 euros mensais.
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