Tendo em conta o processo negocial das carreiras profissionais na empresa, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) entregou, a 26 de Agosto, «depois de um processo de discussão com os trabalhadores», uma contraproposta. Já no início do ano, o sindicato tinha apresentado um documento à administração, sem resultados tangíveis.
«Nem um, nem outro, obtiveram resposta, a par dos seis ofícios reencaminhados a exigirem a marcação de uma reunião negocial», denuncia o STAL, em comunicado enviado ao AbrilAbril.
A decisão da WEMOB é deliberada. Enquanto a Empresa Municipal de Regulação de Estacionamento e Mobilidade de Almada se recusar a negociar com o STAL, não tem qualquer obrigação em aumentar salários em 2023. É uma escolha consciente que leva a empresa, nomeada pela Câmara Municipal de Almada (CMA), a não repor o poder de compra perdido no contexto da actual subida da inflação mas também nos últimos 13 anos, «a rondar os 12%».
Face ao desinteresse do Conselho de Administração e o executivo da CMA, liderado por Inês de Medeiros, que se recusam a negociar com os trabalhadores e os seus representantes sindicais, foi decidido avançar com um período de greve nos próximos dias 24, 25, 26, 27 e 28 de Outubro, num total de duas horas por dia.
Os trabalhadores exigem uma «resposta formal ao documento base para a estruturação de carreiras e à contraproposta apresentada pelo STAL», assim como a marcação de uma reunião negocial e a concretização de aumentos salariais de 100 euros, «para corresponder à situação de subida da inflação mas também para repor parcialmente o poder de compra perdido há mais de uma década».
Durantes os cinco dias da greve, os trabalhadores vão concentrar-se nos Paços do Concelho de Almada, para expressar o seu descontentamento.
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