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Autoeuropa segue a lógica de privatizar os lucros e socializar os prejuízos

A Autoeuropa irá parar a produção e segundo a Comissão de Trabalhadores a empresa quer rescindir com trabalhadores temporários devido à paragem. É a máxima de quando há lucros, esses são privatizados, quando há prejuízos, esses são socializados.

CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

Não é uma situação nova na Autoeuropa. Esta semana a empresa informou que deverá suspender a produção a partir de Setembro devido à falta de peças. Face tal anúncio, o SITE Sul pediu uma reunião urgente com a administração de forma a lembrar que ante a paragem havia condições de assegurar os direitos aos trabalhadores, nomeadamente com os Down Days.

Acontece que a empresa parece não estar virada para garantir o bem-estar de quem faz os lucro da empresa, os trabalhadores e já circula internamente uma comunicação que indica que todos serão rescindidos os vínculos com os trabalhadores temporários.  

À Agência Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores confirma a notícia: «há, de facto, uma comunicação interna em que a empresa manifesta a intenção de rescindir os contratos com os cerca de 100 trabalhadores temporários». 

Com isto importa relembrar que a Autoeuropa pertence à Volkswagen, a multinacional que em 2022 viu os seus lucros a aumentarem para 14867 milhões de euros, mais 0,2% que em 2021 e as que as suas receitas atingiram os 279232 milhões de euros, mais 11,6%. 

A paragem de produção prende-se com as dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, que foi «severamente afectado» pelas condições climatéricas que se fizeram sentir naquele país no passado mês de Agosto e nunca com falhas por parte dos trabalhadores.
 

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