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|despedimento colectivo

Armatis faz novas contratações (com menos direitos) depois de despedimento colectivo

Apenas dois meses depois de a Armatis despedir dezenas trabalhadores, a empresa já está à procura de quem faça o mesmo trabalho mas com contrato precário e sem nenhum dos direitos, denuncia o Sinttav/CGTP.

Créditos / Armatis

«Também estaremos ao seu lado nos momentos difíceis e nas desilusões», afirma a Armatis Portugal, empresa de gestão de clientes francesa. Isto, claro, não se aplica às dezenas de trabalhadores de Guimarães que a Armatis despediu no início deste ano: a Armatis definitivamente não estava do lado deles.

Invariavalmente, o lado da Armatis é a exploração e o lucro, nunca foram os trabalhadores. Só isso explica que, «passados dois meses, a Armatis para o mesmo local onde se registou o despedimento colectivo inicie um novo recrutamento», denuncia o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav/CGTP-IN).

A Armatis alega que estes trabalhadores, que substituem os despedidos em Fevereiro, vão prestar serviços para um novo cliente. A vantagem para a empresa é que os vínculos laborais neste contexto são muito mais precários do que os dos trabalhadores despedidos, representando uma grande vantagem para os patrões.

Este tipo de manobras não é caso único. Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sinttav acusa a empresa de pressionar outros trabalhadores a «assinarem alterações ao contrato de trabalho, sendo-lhes recusado o direito de acesso a cópia para antecipadamente conhecerem o teor das alterações e possíveis consequências, ou seja, uma imposição e para quem não assinar a pretensa alteração, leva com ameaça de alternativa de serviços e/ou horários em condições impossíveis de aceitação»: é, no fundo, um «método ágil de "promover" despedimento por iniciativa do trabalhador».

«O Sinttav assume o compromisso, como sempre, de se colocar incondicionalmente ao lado dos trabalhadores em defesa dos seus direitos e reivindicações», advertindo as gerências de que a ausência de respostas no curto prazo poderá facilmente resultar em acções de luta a definir com os trabalhadores.

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