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|despedimento colectivo

Greve na Pietec Cortiças contra despedimento colectivo ilegal

Os trabalhadores da Pietec Cortiças, no concelho de Santa Maria Feira, estão esta quarta-feira em greve, contra o despedimento colectivo em curso por terem rejeitado o regime de laboração contínua.

Faixa colocada pelos trabalhadores junto ao piquete de greve
Faixa colocada pelos trabalhadores junto ao piquete de greveCréditos / Feviccom

Segundo o Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN/CGTP-IN), o dia de greve está a contar com uma grande adesão, em resposta à intenção da empresa do grupo DIAM em despedir 41 trabalhadores a 7 de Dezembro.

Em causa está a intenção da Pietec de avançar com um despedimento colectivo, por alegada extinção do posto de trabalho. Todavia, os trabalhadores afirmam que o motivo real é o facto de rejeitarem o regime de laboração contínua que o patronato quer introduzir na fábrica.

O sindicato afirma que a empresa procura impor a sua vontade, «a todo o custo e a qualquer preço», coagindo os trabalhadores com o despedimento a aceitarem a laboração contínua ou então «arrumar» aqueles que não cedam – justificando a dispensa com a alteração da produção.

O SOCN afirma que «a estratégia da empresa é mais tarde voltar a contratar outros 41 ou mais trabalhadores» com contratos em regime de laboração contínua. Aliás, a estrutura denuncia que a administração, em reunião, afirmou estar disposta a reintegrar os trabalhadores, caso aceitassem as alterações e assinassem um «documento de concordância em passarem a trabalhar em regime de laboração contínua».

Ninguém morre por não haver rolhas ao fim-de-semana

Ontem, a CGTP-IN acusou o Governo de estar a ignorar as ilegalidades nos despedimentos na corticeira Pietec, que, apesar de contemplada com o estatuto de Projecto de Interesse Nacional (PIN), tem realizado esforços para a todo o custo introduzir a laboração na fábrica durante 24 horas, sete dias por semana, sem parar.

«Passou um mês, fizemos vários contactos com o ministro para saber a sua resposta e até hoje não temos nenhuma – e o Ministério do Trabalho tem que ter eficácia, tem que dar resposta aos trabalhadores e, se porventura há problemas do Governo em confrontar esta entidade patronal, tem que o dizer já, porque ninguém está acima da lei», afirmou Arménio Carlos.

Nesse sentido, o secretário-geral da CGTP-IN frisou que a Pietec não tem justificação legal para a laboração contínua, visto que tal regime, segundo o Código do Trabalho, só se aplica a situações cujos serviços não possam ser interrompidos, o que não é o caso. «Ninguém morre se não se produzirem rolhas ao sábado e ao domingo», reiterou.

Por sua vez, o SOCN denuncia que a Pietec argumenta, «sem qualquer pudor, que este regime de laboração contínua dará mais condições e qualidade de vida aos trabalhadores, contrariando todos os estudos científicos que salientam os seus efeitos nocivos para a saúde, vida familiar e social, levando até muitos trabalhadores ao suicídio».

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