A cerca de duas semanas do final do ano, a ANS olha para uma situação «revoltante», considerando que, quem esperava ter as suas promoções ao longo de 2021 corre o risco de as ver «serem efectivadas apenas em 2022, sem direito a retroactividade», embora continuem a «fazer descontos mensais para a Caixa Geral de Aposentações, muito para além dos 36 anos de que vão poder usufruir».
No comunicado que emitiu, a ANS fala também «da (in)competência (ou falta de vontade) na gestão de recursos humanos», ao referir «que há militares altamente penalizados por má gestão e planeamento dos Ramos, que tendo vaga em 2020, ficaram sem a promoção por (imagine-se) “não haver plafond”!», alertando para o facto de haver militares «com vaga para promoção desde 2020, mas a maioria desde o dia 01 de Janeiro de 2021».
Uma situação a que se somam, segundo o comunicado, «um regime remuneratório injusto, obsoleto e elitista», com a «obrigatoriedade de descontar (14 vezes por ano) para uma assistência na doença que não cumpre o que está plasmado na lei de bases gerais da Condição Militar» e muitas outras «situações perniciosas».
A ANS deixa ainda duras à eventual criação de uma «entidade de avaliação da condição militar em Portugal» e reclama para que o Governo cumpra a lei e ouça as associações profissionais de militares, considerando que «se, no que à Condição Militar diz respeito, se constata a incapacidade do modelo actualmente vigente de satisfazer as necessidades de equidade e dignificação efectiva das Forças Armadas e dos Militares, impõe-se então a evolução do modelo de diálogo social dos Militares para algo como o que existe em muitos outros países europeus, muitas vezes usados como referência».
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