Estado

O Presidente da TAP quer a companhia gerida sem «entraves administrativos» e pede para o Estado deixar de levantar entraves às Empresas Públicas.

A situação que a banca mundial atravessa não é preocupante para os banqueiros, é preocupante para os povos, para os trabalhadores, porque trata-se de chamar os Estados a pagar as dívidas dos banqueiros.

O assalto ao Estado pelos grupos monopolistas continua. O processo em torno da CSR (Contribuição de Segurança Rodoviária) conheceu recentemente novos episódios.

São os estados nacionais que se perfilam como as únicas entidades que podem organizar o processo de recuperação da economia, porque ninguém acredita na acção espontânea dos mecanismos de mercado.

Um dos princípios básicos do capitalismo no século XXI parece ser: «Se há lucros, eles são para dividir entre os capitalistas; se há prejuízos, o Estado e os trabalhadores que os paguem».

Na proteção civil, para além da produção de informação enquanto instrumento de decisão operacional, a informação para o público assume um papel muito relevante.

Os apoios extraordinários que a administração dos CTT exige ao governo não são para compensar prejuízos, são simplesmente para aumentar os milhões distribuídos aos seus accionistas.

Os liberais de antanho e os neoliberais de hoje só relutantemente e quando lhes é impossível subtraírem-se é que se submetem a princípios democráticos, que logo subvertem quando alcançam o poder.

A situação que há 8 meses vivemos, em Portugal e no mundo, veio mostrar profundas debilidades no âmbito da cultura de autoproteção da população e de toda a estrutura da proteção civil