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Quando se fala de sanções da UE à China, Montenegro desloca-se a Pequim

O primeiro-ministro está a realizar uma visita oficial à República Popular da China e não sua agenda consta uma reunião com o presidente Xi Jinping, numa altura em que a UE discute sanções à China por comprar petróleo e gás russos.

CréditosOlivier Mathis / EPA

Sem que nada o fizesse esperar, e talvez porque é necessário abrir novos mercados, dado os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos da América (EUA), Luís Montenegro está a realizar uma visita de Estado à China, esperando-se que chegue amanhã, dia 9 de Setembro.

De acordo com o que se pode ler no site oficial do Governo, «a visita arranca em Pequim, com encontros com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, e com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang». 

Além destas reuniões, o primeiro-ministro português irá ainda integrar uma homenagem no Monumento aos Heróis do Povo, irá assinar instrumentos jurídicos bilaterais e participará num jantar oficial.

A deslocação de Luís Montenegro ganha particular interesse pelo que aparenta ser uma descoordenação com os restantes «parceiros» europeus. Seguindo as orientações norte-americanas, a União Europeia (UE) está neste momento a estudar um conjunto de sanções à China. 

Importa relembrar que, na passada semana, Donald Trump acusou os líderes da China, Rússia e Coreia do Norte de «conspirarem contra os EUA, enquanto Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un enquanto participavam nas celebrações do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico

É no seguimento deste incómodo e do facto de a China ter demonstrado o largo leque de relações bilaterais que detém com um vasto conjunto de países, que a União Europeia, usando mais uma vez a Rússia como justificação, está a estudar um pacote de sanções ao país liderado por Xi Jinping, por este comprar petróleo e gás ao país liderado por Putin.

No meio desta tempestade parece estar Luís Montenegro. O Governo português pauta a sua linha internacional pelo seguidismo dos ditames dos EUA e UE, bastando para isso ver o seu posicionamento face à Palestina, onde a soberania nacional de Portugal parece ser inexistente. 

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