Despedimentos

O Centro de Emprego de Sines registou um aumento de pedidos sem precedentes, uma vez que mais de 600 trabalhadores foram despedidos do complexo industrial.

Milhares de trabalhadores de várias companhias aéreas ficarão sem emprego ou sofrerão cortes salariais, «descartados» em plena crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus que afecta a actividade do sector.

As acções de rua organizadas pela CGTP-IN ocorrerão em 23 localidades e pretendem assinalar o Dia do Trabalhador em protesto contra a escalada de ataques aos direitos verificada nas últimas semanas.

Representantes dos trabalhadores realizaram um protesto simbólico na refinaria de Sines, onde foram despedidos 80 trabalhadores, no dia em que se distribuíram 580,5 milhões de euros de dividendos.

Os ganhos decorrentes da aquisição de crude a preços muito baixos deverão ser utilizados para alavancar a recuperação económica do País, com o Governo a fixar um preço máximo para os combustíveis.

A CGTP convocou um protesto ruidoso contra a medida aprovada pelo governo peruano que permite ao patronato não pagar salários durante 3 meses. Estima-se que 80 mil trabalhadores fiquem sem receber.

A Intersindical afirma que, face aos atropelos que se verificam aos direitos dos trabalhadores, o 25 de Abril e o 1.º de Maio são dias para expressar «indignação», ainda que respeitando as medidas sanitárias.

A Interjovem denuncia que, perante o surto pandémico da Covid-19, os jovens são «os primeiros a ser mandados para casa, sem saber se vão receber no final do mês».

A CGTP-IN reclama a proibição dos despedimentos e denuncia as desigualdades alimentadas pelas «avultadas verbas do erário público que vão parar ao grande capital».

Apesar da intenção do Governo de reforçar os meios da ACT por forma a combater despedimentos ilegais, é a precariedade intrínseca dos vínculos laborais em muitas empresas que permite este desfecho.

A Assembleia da República aprovou a renovação do estado de emergência, com votos favoráveis de PS, PSD e BE, a abstenção de PCP, PEV, CH e da deputada Joacine Moreira, e o voto contra da IL.

As dívidas às finanças impedem uma confeitaria em Santo Tirso de recorrer a apoios do Estado para pagar os salários aos trabalhadores. Segundo a Fesaht, há milhares de empresas nesta situação.

Nas empresas de grandes grupos financeiros há muitos trabalhadores de empresas de trabalho temporário e outsourcing que estão a ser despedidos por se encontrarem numa situação precária.

Trabalhadores ao serviço da CarrisTur através de empresas de trabalho temporário, alguns na mesma função há mais de três anos, viram os seus contratos de trabalho rescindidos, denuncia o STRUP.

A CGTP-IN considera que as medidas do Governo continuam a negligenciar «questões essenciais» para os trabalhadores, a começar pela retirada do apoio na interrupção lectiva que começa esta segunda-feira.

Os dez trabalhadores com contratos temporários tinham sido despedidos ao arrepio das recomendações do Governo, situação que foi denunciada pelo Sinttav.

Entre as várias exigências feitas pelo Partido Comunista da Índia (Marxista), conta-se o aumento das verbas destinadas ao reforço do sistema público de saúde.