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|Despedimentos

Trabalhadores condenam despedimentos na Super Bock

A Comissão de Trabalhadores da Super Bock acusou a empresa de fazer «um ignóbil aproveitamento emocional» do surto epidémico para reduzir postos de trabalho e salários.

CréditosESTELA SILVA / LUSA

«É garantido que estamos perante um ignóbil aproveitamento do cariz emocional da pandemia para, a pretexto disso, promover uma cega redução de custos, pondo em prática opções estratégicas de gestão ideológica que poderão validar os rumores que dão conta da intenção de venda da cota da empresa, que ainda é nacional, para mãos estrangeiras», avança a Comissão de Trabalhadores (CT) em comunicado.

A reacção da CT surge depois de, na terça-feira, o grupo Super Bock ter anunciado que decidiu reduzir a sua força de trabalho em 10%, devido ao impacto do surto epidémico de Covid-19. No último relatório de gestão publicado no seu site, referente a 2018, o grupo indicava que tinha 1310 trabalhadores, dos quais 1060 efectivos.

De acordo com a CT, nos últimos anos tem havido uma «acentuada descapitalização humana da empresa» e a anunciada redução de pessoal poderá comprometer a capacidade produtiva da empresa que, no Verão, «necessitará, como já necessita, de mais trabalhadores».

«Com o processo de desconfinamento social, a fábrica assumiu níveis de produção de quase 100%, em alguns casos acima disso», conta a estrutura representativa dos trabalhadores, indicando que há linhas a produzir 24 horas por dia, quando estão estruturadas para 16, com recurso ao trabalho suplementar.

A CT afirma ainda que as informações da administração «garantem a boa saúde financeira da empresa» e prova disso «é a recente aquisição dos terrenos adjacentes à fábrica, sem propósito definido, precavendo eventuais necessidades de expansão, por um custo perto dos 5 milhões de euros».

«A empresa tem atingido resultados extraordinários, permitindo que se financie a si própria, mantendo os índices de endividamento em valores residuais, sem necessidade de qualquer injecção de capital por parte dos accionistas, que se limitam a, anualmente, vir recolher os lucros», sublinha a estrutura.

Os dois accionistas do Super Bock Group (Carlsberg e família Violas) adoptaram no ano passado uma política de dividendos mais agressiva do que o habitual, aprovando a distribuição de 50 milhões de euros, ou seja, praticamente todo o lucro gerado em 2018 – sobraram apenas 1,3 milhões.

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