No anúncio feito esta terça-feira, através de comunicado, o Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN) assume que a posição da Itau é «uma afronta» aos trabalhadores que durante muitos anos lutaram pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho.
A estrutura sindical, que convocou a paralisação para os dias 6 e 7 de Novembro, com vigílias junto à Estação de Campanhã, no Porto, admite que a nova concessionária dos bares dos comboios de longo curso, Alfa Pendular e Intercidades, «pode pagar os valores» do Acordo de Empresa (AE) de 2025 e «respeitar, na íntegra», os direitos dos funcionários. Com a paralisação desta semana, os trabalhadores reclamam o cumprimento do AE, designadamente escalas que respeitem a carga horária de 8 horas diárias e de 35 horas semanais, bem como o pagamento do trabalho ao sábado e domingo, com um acréscimo de 25%.
Entre as matérias que constam do AE, e que os trabalhadores querem ver implementadas, está também o pagamento do subsídio de refeição diário de 11,50 e 13 euros, e das diuturnidades, no valor de 20 euros cada.
Esta é a terceira concessão do serviço de bares dos comboios da CP em dois anos. A Itau substituiu a Newrail em Abril deste ano. Pouco tempo depois, foi convocada uma greve, com o sindicato a denunciar a recusa da concessionária, uma das principais empresas do sector da alimentação colectiva em Portugal, em aceitar o Acordo de Empresa em vigor (à excepção dos salários).
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