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Enfermeiros associam-se à greve geral da função pública

Continuam a perder poder de compra, tal como os restantes funcionários da Administração Pública, e por isso associam-se à greve geral convocada pela Frente Comum de sindicatos, esta sexta-feira, 24 de Outubro. 

Protesto de enfermeiros contra o agravamento dos cortes remuneratórios e das condições de trabalho demonstram a sua oposição ao Orçamento do Estado para 2014, em dia de greve geral da Função Pública, à porta do Hospital de Santa Maria, Lisboa, 8 de Novembro de 2013 
CréditosInácio Rosa / Agência Lusa

«A propaganda do Governo em torno da intenção de valorizar carreiras, aumentar salários, aprovar planos motivacionais, etc., não passa disso mesmo, propaganda», critica o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), que amanhã se junta à greve geral da função pública. 

A estrutura sindical denuncia num comunicado que, «mais um ano sem aumentos salariais dignos desse nome atira milhares de trabalhadores da administração pública para o "saco" dos pobres que trabalham». Assinala, por outro lado, que a carência de enfermeiros «intensificou-se» e que a proposta de acordo colectivo de trabalho apresentada pela tutela «vai agravá-la». Segundo o SEP, «a proposta tem como único objectivo poupar dinheiro e dar continuidade a um programa de destruição dos serviços públicos», mas também de «ataque» aos trabalhadores. Motivos que levam os enfermeiros a associarem-se à greve geral da função pública, esta sexta-feira. Reclamam um acordo colectivo de trabalho «que não represente um retrocesso nos direitos conquistados» e um Serviço Nacional de Saúde «que mantenha todas as suas portas abertas». 

As críticas do SEP ao Governo e à ministra da Saúde estendem-se à não aprovação dos Planos de Desenvolvimento Organizacional «de qualquer» Unidade Local de Saúde, «condicionando a contratação de enfermeiros e a abertura de concursos para desenvolvimento nas carreiras». Outras políticas a merecer o repúdio dos enfermeiros passam pelo aumento da externalização de serviços, como é o caso do programa de vacinação entregue às farmácias, e a «concessão de fatias de cuidados ao sector social e privado», nomeadamente com as Unidades de Saúde Familiar modelo C e com o regresso das parcerias público-privadas (PPP).

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