Está convocado o 20.º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes

De acordo com o comunicado emitido pela FMJD o evento surge «num contexto internacional em que a juventude enfrenta ataques aos seus direitos mais básicos, como a educação, o trabalho, a cultura, o desporto, o lazer, a alimentação e o acesso à água potável».

A Federação considera que a actual conjuntura global exige um reforço da mobilização da juventude em defesa dos seus direitos e valores. «Hoje, mais do que nunca, o imperialismo e o fascismo avançam em várias partes do mundo e continuam a destruir os sonhos da juventude», refere o documento, sublinhando o compromisso da organização com a «dignidade e os direitos da juventude mundial».

Inspirando-se em momentos históricos anteriores, como o festival de 1997 em Havana, Cuba, que marcou o regresso do evento após sete anos de pausa, a FMJD apela à união dos povos «em torno das causas da democracia, liberdade, igualdade e contra o imperialismo, a ocupação, o sionismo, o fascismo, o racismo e a xenofobia».

A edição de 2026 terá também uma forte dimensão de solidariedade internacional, destacando-se o apoio ao povo palestiniano, «pela libertação e pelo direito ao regresso à sua pátria» e a condenação do «genocídio em curso cometido pela ocupação israelita».

Além disso, a FMJD manifesta solidariedade com os povos latino-americanos, em particular com Cuba e a Venezuela, que considera «alvos constantes de manobras de ingerência imperialista».

A organização informou ainda que o 1.º Encontro Internacional Preparatório do festival marcará o início oficial dos trabalhos e servirá para definir o lema e o apelo à juventude mundial que partilha os princípios da Federação.

O Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, criado em 1947, é um dos maiores encontros internacionais de jovens com ideais progressistas e anti-imperialistas, promovendo o intercâmbio cultural e político entre participantes de dezenas de países.