É a segunda vez, desde 2018, que a multinacional Inditex, dona de marcas como a Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho e Zara Home, deixou de pagar os salários de acordo com o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) para o Comércio (Retalhista) de Aveiro, denuncia, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).
Tendo em conta que os salários pagos pela empresa são muito próximos do mínimo, seria expectável que a Inditex, com lucros de 22.3 mil milhões de euros em 2024, não tivesse problemas em cumprir a Lei portuguesa e aceitar os aumentos previstos no CCT. No primeiro caso, logo em 2018, «as trabalhadoras fizeram greve e fecharam a loja da Lefties em Aveiro, obrigando a empresa a pagar as diuturnidades em falta».
A história repete-se. As trabalhadoras foram à luta e «venceram novamente»: todos os valores em dívida foram pagos na sua inteiridade, anuncia o CESP. O grupo Inditex, como a força laboral demonstrou, «não está acima da Lei».
Também no Porto, esta multinacional, a maior organização do sector da moda, se recusa a cumprir o CCT assinado pela organização patronal para o comércio no distrito do Porto. Esta situação desencadeou uma greve nas lojas da empresa em todo o distrito no passado dia 19 de Julho.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui