A reunião constitutiva, realizada por videoconferência, é subsequente à directiva presidencial emitida no passado dia 8 de Agosto que decretou a criação oficial do grupo, indica a Sahara Press Service (SPS).
O encontro foi dirigido pelo presidente do grupo de trabalho, Oubi Bouchraya Bachir, também conselheiro especial do Presidente da República Saarauí para a questão dos recursos naturais, e contou com a participação de Manuel Devers, advogado da Frente Polisário; Erik Hagen, presidente do Observatório Internacional de Recursos do Saara Ocidental (WSRW, na sigla em inglês), e Tone Sorfonn Moe, advogada dos presos políticos saarauís.
No decorrer da reunião, Oubi Bouchraya abordou os objectivos da criação do grupo de trabalho, bem como o seu contexto e área de acção.
Os participantes destacaram «a necessidade de mobilizar para vencer esta batalha, de cumprir prazos futuros urgentes, de modo a negar à potência ocupante qualquer oportunidade de explorar todas as tácticas e manobras possíveis para contornar o direito internacional e as decisões dos tribunais continentais, na sua tentativa de impor um facto colonial consumado», indica a fonte.
Minar os pilares em que Marrocos sustenta a ocupação
O grupo que agora foi constituído afirmou que a prioridade desta luta é «minar os dois pilares nos quais Marrocos se apoia para manter a ocupação ilegal» do Saara Ocidental.
Por um lado, a «exploração dos recursos naturais para financiar a ocupação militar e a colonização, envolvendo parceiros internacionais». Por outro, «a repressão sobre os civis saarauís, na ausência de monitorização internacional da situação dos direitos humanos e no contexto de uma persistente impunidade» nos territórios ocupados.
Oubi Bouchraya Bachir sublinhou que esta luta implica «a adopção de uma estratégia clara e de um roteiro com vista a reforçar a soberania do povo saarauí sobre os seus recursos naturais, com base no seu direito inalienável à autodeterminação e independência».
Também exige, em seu entender, o envolvimento dos organismos internacionais, particularmente do Conselho de Segurança e do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, de modo que «assumam as suas responsabilidades no que respeita aos direitos humanos na última colónia de África».
Uma frente crucial
No texto da directiva que determinou a criação deste grupo de trabalho, o presidente saarauí, Brahim Ghali, destacou que o dossiê dos recursos naturais figura como «uma das frentes cruciais da actual luta de libertação do povo saarauí».
A este propósito, afirma a SPS, evocou decisões jurídicas internacionais, resoluções e posicionamentos da ONU, da União Africana e da União Europeia.
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