Dia 10 de Janeiro era o prazo final para o ministro da Educação, João Costa, se comprometer, junto da Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN), a abandonar as intenções «manifestadas em documentos entregues aos sindicatos» para a revisão do regime de concursos para os docentes.
Infelizmente, ao longo das últimas semanas, a maioria absoluta do Governo PS não só optou por não responder como tentou, publicamente, desvalorizar a posição dos sindicatos, apresentando respostas a questões que nunca foram colocadas pela Fenprof e os sindicatos nela afiliados.
Outra questão ignorada pelo Ministério da Educação (ME) foi a da necessária calendarização dos «processos negociais relativos a matérias como a carreira, o combate à precariedade, aposentação, horários de trabalho ou mobilidade por doença», refere a Fenprof, em comunicado enviado ao AbrilAbril.
Dirigentes da Fenprof, SPGL, SPN, SPRC e SPZS acampam no Ministério até ao dia 13 de Janeiro
Sem a perspectiva de receber uma resposta até ao dia de amanhã, a Fenprof e os sindicatos que a integram já anunciaram que irão acampar junto ao ME, permanecendo no local entre as 16h de 10 de Janeiro e as 16h de dia 13, «como forma de protesto e luta, mas também demonstração de disponibilidade para a negociação, esperando que também seja essa a vontade dos responsáveis ministeriais».
«Entretanto, para o dia em que for marcada nova reunião no ME, será convocada uma grande manifestação de Professores e Educadores, prevendo-se que a mesma possa acontecer na terceira semana de janeiro, de acordo com declarações de responsáveis do ministério».
Certo é que, no dia 16 de Janeiro, iniciar-se-á uma greve que, distrito a distrito, correrá todo o território continental. Esta sequência de greves distritais culmina com a realização de uma grande manifestação nacional marcada para 11 de Fevereiro, «em defesa da profissão».
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