De acordo com a agência WAFA, a força secreta israelita infiltrou-se num bairro oriental da cidade de Jenin (Norte da Cisjordânia ocupada) e matou três jovens a sangue-frio, numa emboscada, quando se encontravam dentro de um carro, esta madrugada.
Fontes médicas identificaram-nos como Yousef Nasser Salah (23 anos), Baraa Lahluh (24 anos) e Laith Abu Srur (24 anos).
Seguiram-se fortes confrontos entre as forças israelitas e os residentes no bairro, no decorrer dos quais ficaram feridos pelo menos dez palestinianos, atingidos com fogo real.
Um jornalista palestiniano da região disse ao Middle East Eye que, ainda antes de os jovens terem sido mortos, as forças da resistência em Jenin já tinham localizado a unidade israelita e que já tinha havido troca de disparos - algo normal em Jenin durante as incursões das forças de ocupação.
Depois da operação, centenas de pessoas participaram numa marcha de protesto, com os corpos dos jovens assassinados, gritando palavras de ordem a favor da resistência e da libertação total da Palestina.
Jenin é, também historicamente, um dos grandes focos de resistência à ocupação sionista e, no último ano, as forças de ocupação intensificaram as operações contra a população local, com incursões, buscas, detenções e aquilo que as autoridades palestinianas definem como execuções extra-judiciais.
A conhecida jornalista palestiniana Shireen Abu Akleh foi morta num destes raides, quando estava a realizar o seu trabalho.
Um «crime horrendo»
Em comunicado, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros denunciou o «crime horrendo» perpetrado pelas forças israelitas esta madrugada e afirmou que «isto é parte integrante da política oficial de Israel visando fazer explodir a situação e provocar uma explosão e o caos».
Em simultâneo, refere a WAFA, denunciou «a insistência da comunidade internacional e dos países que celebram os direitos humanos em ignorar os crimes de Israel e as violações diárias cometidas contra cidadãos palestinianos indefesos, que constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade».
Reagindo também aos assassinatos desta madrugada no Norte da Cisjordânia ocupada, o movimento de resistência Hamas afirmou que o «regime de Telavive irá pagar pelos seus crimes» e que Jenin «permanecerá firme».
Afirmou ainda – indica a PressTV – que os «ataques assassinos» apenas servirão para fortalecer a determinação dos palestinianos em prosseguir a resistência contra a ocupação israelita.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui