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Palestinianos recebem 10 toneladas de correio – com oito anos de atraso

Durante oito anos Israel impediu a entrega na Palestina de correio proveniente do estrangeiro. Revogada essa decisão, os correios palestinianos deparam-se com uma autêntica avalancha de correspondência.

Um trabalhador dos serviços postais palestinianos movimenta-se por entre sacos de correio remontando a 2010, até agora retidos pelo Estado de Israel na central internacional de Jericó, na Palestina ocidental, em Agosto de 2018. Durante oito anos Israel reteve correio destinado à Palestina, incluindo cadeiras de rodas e brinquedos.
Um trabalhador dos serviços postais palestinianos movimenta-se por entre sacos de correio remontando a 2010, até agora retidos pelo Estado de Israel na central internacional de Jericó, na Palestina ocidental, em Agosto de 2018. Durante oito anos Israel reteve correio destinado à Palestina, incluindo cadeiras de rodas e brinquedos. CréditosAbbas Momani/AFP

Cerca de 10 toneladas de correio foram finalmente entregues na Palestina, a fim de serem entregues aos seus destinatários, após oito anos de retenção imposta pelas autoridades israelitas.

Os correios palestinianos estão a lidar com autênticas montanhas de correio, a fim de entregar aos seus destinatários correspondência e encomendas que desde 2010 se encontravam retidos, a maioria na Jordânia, depois de, nesse ano, as autoridades israelitas terem bloqueado o encaminhamento directo de correio para o território da Autoridade Palestiniana.

Israel ocupa desde a guerra israelo-árabe de 1967 a margem ocidental do rio Jordão e arroga-se o direito de inspeccionar todas as encomendas dirigidas aos territórios palestinianos, para «intensos controlos de segurança». Ramadan Ghazawy, um responsável dos serviços postais da Palestina, segundo a mesma fonte, diz que Israel desrespeitou, desde 2010, o acordo de transferência directa de correio para a Palestina, assinado em 2008 por ambas as partes. O referido responsável afirmou que Israel «manteve, continuadamente, desculpas» para não cumprir o acordo, alegando desde a improntidão de uma «central de correio» até à «espera por um maior scanner de segurança» – segundo a alemã Deutsche Welle (DW) e a Reuters.

A COGAT (acrónimo de Coordination of Government Activities in the Territories, uma unidade do Ministério da Defesa israelita responsável pelos assuntos civis na Palestina) confirmou o desbloqueamento de correspondência e tratar-se de, para já, «um gesto “pontual”» mas que planos para implementar «um acordo estabelecido em 2016», que «virá a permitir o envio directo de correio internacional para os territórios da margem ocidental do Jordão», mas não conseguiu explicar o porquê de tão longa retenção de correio – segundo as mesmas agências.

Oito anos depois: que encomendas, que destinatários?

Os trabalhadores dos correios palestinianos na cidade de Jericó circulam por entre os milhares de sacos e pacotes, «entre os quais se encontram cadeiras de rodas e brinquedos». Hussein Sawafta, director dos Serviços Postais da Palestina, anunciou a formação de uma equipa especial para a entrega de correio aos seus destinatários «o mais depressa possível».

Alguns objectos, porém, serão difíceis de entregar – seja porque os pacotes ou as cartas se degradaram e o seu conteúdo desapareceu, ou porque a morada dos destinatários se tornou ilegível. Entre as encomendas «encontravam-se brinquedos para crianças pequenas», disse Ramadan Ghazawy à Reuters, acrescentando: «talvez tivessem um ano quando essas encomendas foram enviadas», irão recebê-las quando, «agora, têm oito anos de idade».

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