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|OE2023

Três mil milhões vão, afinal, continuar a beneficiar as energéticas

As novas medidas anunciadas pelo Governo para alegadamente conter o aumento da factura da electricidade e do gás são, sobretudo, dirigidas aos consumidores comerciais, deixando de fora os domésticos. 

CréditosInácio Rosa / Agência Lusa

O Executivo inscreveu na proposta do Orçamento do Estado para 2023 a intenção de introduzir três mil milhões de euros nos mercados de electricidade e de gás natural, detalhada esta quarta-feira pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro. Segundo o governante, a intervenção é dirigida fundamentalmente aos consumidores empresariais. Numa altura em que a especulação promovida pelas energéticas asfixia famílias e pequenas e médias empresas, o Governo de António Costa continua a fugir às soluções capazes de a travar e a proteger os lucros de empresas como a EDP, a Endesa ou a Galp

No pacote do Governo, e apesar de admitir, como ontem disse o ministro Duarte Cordeiro, que «foi a partir da energia que se iniciaram os impactos na inflação», não se incluem medidas de controlo de margens e fixação de preços de forma a impedir a especulação que tem ditado o brutal aumento dos preços. 

O Executivo canaliza dois mil milhões de euros para o mercado de electricidade e mil milhões de euros no mercado de gás natural, dirigidos «aos grandes consumidores», ainda em 2022, dos quais 1500 milhões de euros com origem directa no Orçamento do Estado, o que na prática significa que serão os recursos públicos a financiar os lucros milionários dos privados, como se viu no primeiro semestre do ano.

A possibilidade de transitarem para o mercado regulado é a resposta do Governo para os consumidores domésticos, que daqui a poucos dias ficarão a conhecer os tarifários para 2023, mas apenas na electricidade. No gás engarrafado, a fixação do preço máximo introduzida em Agosto, e que representa apenas uma poupança de cerca de três euros por botija (de 13 quilos), estará em vigor até ao fim deste mês, sob protesto dos revendedores. 

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