|29 de Novembro

Solidariedade com a Palestina em crescendo para manifestação nacional

Mais de 150 organizações e subscritores individuais, particularmente na área da cultura, aderem à campanha solidária com o povo palestiniano, com ponto alto na manifestação nacional, este sábado, em Lisboa e no Porto.  

No dia em que Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram, oficialmente, o Estado da Palestina, 28 de Maio de 2024, centenas de manifestantes exigiram, em Lisboa, a mesma tomada de posição por parte do Governo PSD/CDS-PP, que continua a insistir num suposto consenso europeu para reconhecer a Palestina. A acção foi convocada pela CGTP-IN, o MPPM, o CPPC e a Associação Projecto Ruído. 
Créditos / AbrilAbril

A acção que decorre desde Setembro com a realização de dezenas de acções em todo o País, culmina a 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiano, numa manifestação nacional descentralizada, com início às 15h, nos Restauradores (Lisboa) e na Praça da Batalha (Porto).

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), uma das entidades promotoras, realça num comunicado divulgado esta quarta-feira que a solidariedade com o povo palestiniano «ganha ainda maior relevo quando Israel, mesmo com "cessar-fogo" prossegue a sua acção criminosa, o genocídio, a ocupação e destruição, o impedimento de entrada de toda a ajuda humanitária que é necessária». Neste sentido, congratula-se com as mais de 150 organizações, associações, colectivos de várias áreas e subscritores individuais que se juntam à campanha «Todos pela Palestina! Fim ao genocídio! Fim à ocupação!», subscrevendo o apelo de exigência de um cessar-fogo «real, imediato e permanente», entre outras reivindicações. 

«Para além dos ataques na Faixa de Gaza, Israel incrementa o bloqueio que impede a entrada de alimentos, água, medicamentos, equipamento médico e outros bens essenciais, matando de fome e de doença a população palestiniana», denuncia o documento, salientando que também na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental se intensifica a «expulsão da população palestiniana e a construção de colonatos, em desrespeito do direito internacional». 

O apelo subscrito pelos actores André Gago, Dalila Carmo, Filipe Vargas, Isabel Medina, Joana Figueira, Jorge Mourato, José Raposo, Maria João Luís e Sofia Aparício, entre outros, a que se juntam os artistas plásticos Agostinho Santos, Pedro Campiche (AkaCorleone) e Ricardo Ladeira, e a ilustradora Catarina Sobral, alerta que «é preciso denunciar a cumplicidade dos EUA, do Reino Unido, da União Europeia e de vários  governos de países europeus, que desde o início apoiam a política de Israel e continuam a dar cobertura aos seus crimes». 

O fim do genocídio e dos massacres, mas também da ocupação e colonização levada a cabo por Israel, e o acesso irrestrito da ajuda humanitária sob a coordenação das Nações Unidas são reivindicações firmadas no documento subscrito por músicos, como Jorge Palma, Luís Varatojo e Pedro Mafama, professores universitários, como Manuel Loff e Ricardo Paes Mamede, e pelo encenador e director do Festival de Avignon, Tiago Rodrigues. 

A criação do Estado da Palestina, com as fronteiras anteriores a Junho de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, e o cumprimento do direito ao retorno dos refugiados palestinianos, como determina o direito internacional, são também exigências desta acção de campanha, que reúne, entre muitas outras figuras, os jornalistas Bruno Carvalho e Susana André, o capitão de Abril José Baptista Alves, e o astrofísico Nuno Peixinho. 

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