O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML/CGTP-IN) emitiu hoje um comunicado no qual acusa o Governo português e outros Executivos internacionais de estarem a «aprofundar o caminho da guerra» ao desviarem verbas das funções sociais para o financiamento da indústria militar.
Relembrando que «na proposta de Orçamento do Estado para 2026, o Governo AD aumenta em 14,5% as verbas para a “defesa”, enquanto que para a Saúde, assume a sua redução, face a um pretenso aumento de 1,5%», o STML manifesta, desta forma, a sua «profunda preocupação» com a escalada militarista.
É dada esta deriva belicista que condiciona os direitos dos povos que o comunicado enfatiza de forma particular a situação na Palestina, classificando as acções de Israel como um «genocídio contra o povo palestiniano». O STML alerta que, apesar do recente cessar-fogo e da «ilusão de um pretenso desbloqueamento da ajuda humanitária», os ataques a Gaza continuam, assim como a «agressão e a ocupação na Cisjordânia».
«A ajuda humanitária continua a não ser suficiente para suprir as necessidades deste Povo, tão massacrado nas últimas décadas e em especial nos últimos dois anos. Os bombardeamentos continuam, e com eles a chacina diária de seres humanos, entre os quais milhares de crianças», pode ser lido no comunicado.
Perante este contexto, o STML, afirmando-se fiel aos princípios da solidariedade internacional e da defesa da paz e dos Direitos Humanos, considerou «essencial» realizar um encontro público entre estruturas que lutam pela paz, entre as quais a CGTP-IN, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente e o Movimento Cultura É Resistência.
O encontro está marcado para o próximo sábado, dia 25 de Novembro, no Largo José Saramago (Campo das Cebolas), em Lisboa. O STML convoca também todos os trabalhadores do município a participarem, sublinhando que «a inércia é cobarde, o silêncio é cúmplice, a indiferença mata».
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