Com concentrações, manifestações e distribuição de informação à população, esta terça-feira as duas estruturas levaram o protesto às ruas de Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria, Braga, Guimarães, Aveiro, Viseu, Guarda, Entroncamento, Almada, Setúbal, Barreiro, Beja, Évora, Grândola, Portalegre e Faro.
Na Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, foram vários os exemplos apresentados em tribuna pública sobre os motivos do descontentamento: pensões de 300 e 400 euros (com actualizações de 19 euros), dificuldades em pagar a renda de casa, medicamentos e alimentação.
Os reformados da geração de Abril querem respeito e dignidade. Foram estas as palavras mais usadas nas faixas e cartazes que exibiram, a par das reivindicações de aumentos reais nas pensões e da exigência que o Governo trave a escalada do preço de bens essenciais, como o leite, a carne e o peixe. Recorde-se que PS e partidos da direita chumbaram recentemente na Assembleia da República a fixação do preço do cabaz básico, apesar das dificuldades com que as famílias estão confrontadas e da especulação que impulsiona os lucros milionários na grande distribuição.
Durante a concentração promovida pela Inter-Reformados e pela Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) foi feito um apelo para a mobilização para a jornada de luta e indignação da CGTP-IN no dia 9 de Fevereiro. Também o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SGPL/Fenprof) esteve presente no protesto com uma faixa em que podia ler-se «Por uma aposentação digna».
«Não ao roubo das pensões», lia-se noutros cartazes, com os manifestantes a prometerem a continuação da luta.
No final, foi aprovada, por unanimidade e aclamação, uma resolução com as principais reivindicações, entre as quais um aumento de 60 euros em todas as pensões, que será enviada ao primeiro-ministro, António Costa, e à Assembleia da República.
Para os pensionistas a situação está «insustentável», com casos de pessoas a terem de abandonar a casa onde vivem por não conseguirem pagar a renda. Enquanto uns encontram refúgio em casa dos filhos, para outros a solução é um quarto alugado, de acordo com os testemunhos partilhados pelos organizadores da iniciativa.
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