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|aeroporto de Lisboa

O caos no Aeroporto de Lisboa

Com o regresso do turismo a números de 2019 e o consequente aumento do número de passageiros, regressaram também as dificuldades operacionais aos aeroportos nacionais.

foto de arquivo
foto de arquivoCréditosTiago Petinga / Agência Lusa

De resto, seria surpreendente se assim não fosse considerando que tudo está na mesma ou pior que há dois anos, quando a pandemia fez desaparecer os passageiros.

Trata-se de uma situação que tem responsáveis, a começar pela multinacional Vinci, a quem o governo PSD/CDS entregou a gestão dos aeroportos nacionais, secundada pelos sucessivos governos que têm transportado para o sector aéreo nacional o processo de liberalização imposto a partir da União Europeia.

Uma das principais causas das dificuldades operacionais nos aeroportos portugueses tem origem nos processos de liberalização que a UE tem imposto ao País, como aconteceu ainda esta quinta-feira com a decisão da Comissão Europeia de atribuir à EasyJet 18 slots diários da TAP no aeroporto de Lisboa. Uma imposição da Comissão Europeia para aprovar o plano de reestruturação da aerotransportadora nacional.


O Aeroporto Humberto Delgado sofre do problema de falta de espaço, o que está longe de ser uma novidade. O País sabe disso há 50 anos e, daí, ter decidido da necessidade de retirar o aeroporto da capital e de construir um novo aeroporto. Aliás, quando a ANA foi privatizada estava tomada a decisão de construir um novo aeroporto nos terrenos públicos do Campo de Tiro de Alcochete e com os recursos financeiros necessários, gerados pelos lucros da ANA.

A verdade é que a multinacional Vinci travou a construção da nova infraestrutura e impôs ao País a solução que mais lhe interessava, que era a de manter em pleno funcionamento o Aeroporto Humberto Delgado.

Com a privatização, não foi apenas a construção do novo aeroporto que ficou adiada, todo o funcionamento do aeroporto foi subvertido, subordinando as necessidades operacionais às necessidades comerciais, com a Vinci a apropriar-se das Lojas Francas (que a UE obrigou a TAP a vender) e os aeroportos transformados em enormes centros comerciais em prejuízo de infraestruturas essenciais ao seu bom funcionamento.

Um processo cujo objectivo é que todo o sector aéreo nacional (transporte aéreo, assistência em escala, gestão aeroportuária e controlo aéreo) seja apropriado por multinacionais europeias.


A outra causa importante das dificuldades operacionais nos aeroportos portugueses prende-se com a crónica falta de pessoal nos serviços públicos e nas forças e serviços de segurança. No caso do SEF, com a agravante de toda a instabilidade provocada pelo Governo com a decisão de acabar com este serviço.

Agora, as forças políticas que suportam este processo de privatização e liberalização do sector aéreo (PS, PSD, Iniciativa Liberal e Chega) multiplicam-se em iniciativas destinadas, no essencial, a fazer esquecer as suas próprias responsabilidades no avolumar dos problemas, quando o que é necessário é travar este caminho e regressar a uma gestão pública do sector aéreo nacional, renacionalizando a ANA, construindo um novo aeroporto nos terrenos públicos do Campo de Tiro de Alcochete e promovendo investimentos nos restantes aeroportos.

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