«Porque é urgente colocar as questões da arte e da cultura no debate político», o Movimento Outra Política para a Cultura volta a sair à rua, depois de, no mês passado, ter promovido uma tribuna pública em frente ao Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, onde foram denunciadas «décadas de desresponsabilização do Estado e de desinvestimento na Cultura».
Na manifestação da próxima segunda-feira, às 18h, segundo dia da campanha eleitoral para as legislativas de 10 de Março, os activistas vão insistir na urgência de «construir uma política para a cultura que dê condições de trabalho aos profissionais» e oportunidades de «criação e fruição por parte das populações», lê-se num comunicado do Movimento.
«Exigimos uma política para a Cultura inserida na construção de um Serviço Público de Cultura, com um financiamento efectivo e a responsabilização do Estado na concretização do direito à Cultura em todo o território», acrescenta.
As estruturas que integram o Movimento exigem que a cultura seja uma «componente essencial da democracia e da vida de todas e de todos». «Nestes 50 anos do 25 de Abril, e quando nos preparamos para mais um importante acto eleitoral, o momento é de lutar e exigir uma política para a Cultura, que ponha Portugal de novo no trilho desse "dia inteiro e limpo" e do processo de democratização iniciado com o 25 de Abril de 1974», refere a nota.
O Movimento Outra Política para a Cultura, formado em 2023, congrega estruturas como o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN), o Centro Dramático de Évora (Cendrev), o Manifesto em Defesa da Cultura, o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ/CGTP-IN), a Associação pelo Documentário (Apordoc), o Colectivo249 e a Cooperativa do Património Cultural - Arcus.
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