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|Caixa Geral de Depósitos

Nova equipa de gestão do banco público inicia hoje o seu mandato

Ex-ministros do PSD e do PS dividem presidência da Caixa

A entrada em funções da nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), hoje, faz regressar a velha partilha de poder no topo do banco público entre PS e PSD.

Paulo Macedo foi ministro da Saúde dos governos de Passos Coelho, entre 2011 e 2015
Paulo Macedo foi ministro da Saúde dos governos de Passos Coelho, entre 2011 e 2015CréditosEstela Silva / Agência LUSA

O ex-ministro da Saúde Paulo Macedo é, a partir de hoje, o novo presidente executivo da Caixa, com o ex-ministro dos Transportes e Comunicações Rui Vilar a subir à presidência não-executiva. A velha máxima de partilha de cadeiras entre os dois partidos.

Macedo vem substituir António Domingues, que saiu do lugar para que foi nomeado, em Agosto passado, depois da polémica em torno da declaração de rendimentos e das manobras do PSD para procurar desestabilizar o banco público.

Saltando entre a banca e o poder

Oriundo da banca privada, Paulo Macedo é nomeado para director-geral dos Impostos em 2004 por Manuela Ferreira Leite, ministra das Finanças do governo de Durão Barroso (PSD/CDS-PP). Curiosamente, uma contratação que levantou críticas, na altura, pelo salário que foi receber, cerca de 23 mil euros por mês – agora, deve ficar com um salário na CGD próximo do seu antecessor (pouco mais de 30 mil euros mensais).

Depois de regressar ao BCP, banco do qual foi vice-presidente executivo entre 2008 e 2011, volta a ser chamado pelo PSD. Desta vez, o lugar que lhe estava reservado era o de ministro da Saúde. A missão: cumprir o pacto assinado com a troika, que impunha «poupanças no Serviço Nacional de Saúde de 550 milhões de euros».

A tutela da Saúde foi um sucesso, pelo menos pelos padrões de Washington, Bruxelas e Frankfurt. Logo em 2011 (toma posse nos últimos dias de Junho), a despesa com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) sofre um corte de 446,9 milhões de euros. Os anos seguintes confirmam o sucesso: com a redução de mais 486,1 milhões em 2012, consegue a redução exigida passado menos de dois anos de chegar ao cargo.

No entanto, os resultados foram alcançados à custa de medidas que foram afastando os portugueses, particularmente os mais pobres, do acesso aos serviços de saúde. Se o aumento brutal das taxas moderadoras pode ser uma das medidas mais emblemáticas, outras houve que puseram em causa a saúde dos utentes do SNS, como a introdução do co-pagamento no transporte de doentes não urgentes ou as restrições na prescrição de medicamentos.

Gestores da banca privada chamados para o banco público

A restante equipa de Paulo Macedo mantém o perfil traçado por António Domingues: gente ligada à gestão, particularmente na banca privada. João Tudela Martins (ex-BPI) mantém-se como administrador executivo, a quem se juntam Maria João Carioca (administradora da CGD entre 2013 e 2016), José João Guilherme (ex-BCP, onde trabalhou com Macedo, e até agora administrador do Novo Banco), Francisco Cary (com carreira nas empresas financeiras do Grupo Espírito Santo, até agora administrador financeiro do Novo Banco), José Brito (quadro de direcção da CGD há longos anos) e Nuno Martins (deixa o gabinete do secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, após passagens pela banca britânica).

Faltam ainda conhecer os nomes dos administradores não-executivos, que o Governo deve nomear brevemente. Da anterior composição do Conselho de Administração resta apenas Rui Vilar, que presidiu à Caixa entre 1989 e 1995. A partir de hoje, regressa à presidência da instituição bancária, ainda que sem funções executivas.

Vilar integrou os primeiros governos provisórios, após o 25 de Abril, sendo eleito deputado pelo PS e nomeado ministro do primeiro governo de Mário Soares. Foi vice-governador do Banco de Portugal (1978-1985) e presidente do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985). Depois da primeira passagem pela CGD, presidiu à Galp (2001-2002), à Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012) e à REN (2012-2014).

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