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|Caixa Geral de Depósitos

O PSD está mesmo preocupado com a Caixa?

A direcção mudou, mas a estratégia de destruição do banco público mantém-se de pedra e cal no PSD. Só isso explica a insistência de Rui Rio em saber quem mais deve à Caixa. Para fazer o quê, não diz.

Os ex-presidentes dos principais bancos portugueses – Ricardo Salgado (BES), Fernando Ulrich (BPI), Faria de Oliveira (CGD) e Carlos Santos Ferreira (BCP) – à saída de uma reunião na sede do PSD, em Lisboa. 13 de Outubro 2010
Os ex-presidentes dos principais bancos portugueses – Ricardo Salgado (BES), Fernando Ulrich (BPI), Faria de Oliveira (CGD) e Carlos Santos Ferreira (BCP) – à saída de uma reunião na sede do PSD, em Lisboa. 13 de Outubro 2010CréditosJosé Sena Goulão / Agência LUSA

A vontade súbita do PSD em conhecer a lista dos 50 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é só mais um episódio num longo caminho de destruição da banca pública nacional.

Depois da fúria privatizadora, iniciada pelo PSD de Cavaco Silva, com a benção do PS e do CDS-PP, as baterias passaram a apontar à única instituição que restou na esfera pública e, actualmente, a única que ainda é nacional: a CGD.

A acção das sucessivas equipas de gestão desde, pelo menos, o final dos anos 80 é, sem dúvida, onde reside uma das principais causas dos problemas do banco público, que custaram, só no ano passado, quase 4 mil milhões de euros de dinheiros públicos.

Por isso, tão ou mais importante do que os nomes dos maiores devedores, importa olhar para o nome dos gestores do banco público, nomeados por governo do PS, do PSD e do CDS-PP, à vez. Foi essa análise que fizémos em Novembro de 2016, mostrando como os três partidos colonizaram as cadeiras do conselho de administração da Caixa.

Mas a porta giratória não se cingiu aos governos e aos partidos que levaram o País aos braços da troika. Também o actual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o anterior presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Carlos Tavares, por lá passaram. Tal como Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé, que saíram da Caixa para a presidência de bancos privados.

Convenientemente, o PSD esquece que a maior fatia dos dinheiros públicos que foram enterrados na banca ao longo dos últimos anos, foram-no em bancos privados: do Santander Totta ao Novo Banco, do BPI ao BCP, não há um grande banco português que não tenha recebido ajudas do Estado português, directa ou indirectamente. Porque razão só se pede a lista dos devedores da CGD e não dos bancos cujas gestões reuinosas consumiram recursos públicos e hoje dão lucros a privados?

A vontade de destruir a Caixa para facilitar uma privatização no primeiro momento em que tal se afigure possível parece continuar a ditar as prioridades do PSD na matéria, como aconteceu com a recusa da anterior administração em entregar as suas declarações de rendimentos ou quando o anterior governo privatizou o sector segurador do banco público.

Hoje, Rui Rio diz que os funcionários públicos até podem não ser aumentados, desde que se conheçam os nomes de quem deixou calotes na Caixa. A ânsia de puxar o PS para as velhas políticas do bloco central, formal ou informal, pode motivar essas declarações, mas os trabalhadores sabem o que esperar do PSD.

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