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Liberalização do sector deixa populações fustigados pelos incêndios de Outubro de 2017 sem telefone

Efeitos dos incêndios são agravados pela privatização das telecomunicações

Passados quatro meses dos incêndios de Outubro, há populações que continuam sem telefone. A Altice diz que a culpa é dos clientes por não aceitarem pagar mais de o dobro, tudo porque deixou de ser um serviço público.

CréditosPAULO NOVAIS / LUSA

A situação é descrita pelo Jornal de Notícias na sua edição de hoje. Há aldeias em que a Altice não repôs a rede de cobre, nem o vai fazer. A alternativa é o serviço por fibra óptica, mas implica serviço de televisão por subscrição que muitos dos clientes, idosos, não querem, já que implicam uma mensalidade que ultrapassa o dobro do que pagavam até os cabos arderem.

A empresa diz que a culpa é dos clientes, que não aceitam, e que até já forneceu telemóveis para suprir a ausência de serviço. O problema é que há zonas em que não há rede. Uma popular conta que uma idosa teve que fazer dois quilómetros a pé para conseguir utilizar o aparelho, enquanto o seu marido se sentia mal. É este o lastro deixado, não só pelo fogo, mas pela privatização da Portugal Telecom e a liberalização do sector das telecomunicações.

A multinacional francesa defende-se com isso mesmo: não tem qualquer obrigação de prestar o serviço público universal, que foi entregue à Nos. No entanto, a Altice herdou o monopólio da PT e continua a ser a única com presença em largas porções do território nacional, particularmente no Interior.

Ao diário, a empresa chega mesmo a dizer que a alternativa que propõe «traduz uma melhoria nos serviços» e que «não tem qualquer custo para o cliente». O último argumento é claramento desmentido por uma habitante de uma aldeia da Sertã (Castelo Branco), que diz ter-lhe sido proposto uma subida de 13 para 29 euros mensais, e pelo secretário-geral do PCP, que, no último debate quinzenal, denunciou situações em que a Altice está a pedir o custo da ligação por fibra óptica até casa dos clientes.

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