Segundo a primeira notificação de 2018 relativa ao Procedimento por Défices Excessivos, remetida hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ao Eurostat, o défice das Administrações Públicas atingiu 912,8 milhões de euros, o que correspondeu a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), muito abaixo do saldo negativo de 3% registado em 2017.
O valor anunciado fica abaixo do previsto pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que no passado dia 6 de Fevereiro disse no Parlamento que o défice orçamental de 2018 ficaria próximo de 0,6% do PIB.
Numa mensagem na rede social Twitter, o primeiro-ministro António Costa realçou o resultado «histórico e virtuoso», admitindo que «não resulta do corte na despesa nem do aumento dos impostos, mas do crescimento da economia, do emprego e da recuperação da credibilidade internacional, que reduz a despesa com a dívida».
Apesar dos avanços alcançados, designadamente na devolução de rendimentos, o cumprimento das imposições orçamentais de Bruxelas, traduzido na redução do défice em 570 milhões de euros, compara com os 620 milhões de euros que o Governo do PS não concretizou em 2018 face ao que tinha previsto, em áreas fundamentais como a saúde, a educação ou os transportes.
Indiferente ao garrote, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou a notícia do INE afirmando que «é uma base muito boa para se chegar aos 0%» de défice, que «é a meta que todos desejamos».
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