Em comunicado, a Intersindical denuncia os propósitos do Pilar Europeu dos Direitos Sociais pois, «socorrendo-se de preocupações sociais», agravam «a afronta a competências nacionais e a direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa», sobretudo no que diz respeito à negociação colectiva, aos salários e à legislação laboral.
A aprovação do plano de implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais está prevista para a Cimeira Social, que decorrerá nos dias 7 e 8 de Maio, no Porto, sendo a chamada «Europa Social» uma das cinco prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE.
Em comunicado, a CGTP-IN reiterou ainda que o Plano de Recuperação e o Orçamento da UE, dois instrumentos que serão avançados no decorrer da presidência portuguesa e que «invocam a prioridade às transições verde e digital», também «não estão dissociados de condicionamentos e imposições de denominadas "reformas", de projectos de destruição de emprego e ataque aos salários, pensões e direitos».
A este propósito, a central sindical disse que continuará a defender «que sejam rejeitadas as condicionalidades e imposições associadas à utilização» das verbas do Plano de Recuperação ou do Orçamento da UE, pois estas devem «ser concentradas no investimento público, no aumento da produção nacional, na manutenção e criação de emprego com direitos, na melhoria dos serviços públicos e funções sociais do Estado».