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Há longos meses que o Beatriz Ângelo vem pontuando o espaço mediático devido à falta de pessoal (que o Governo tentou escamotear com a chamada reorganização administrativa), que ameaça a prestação de cuidados de saúde e a integridade dos utentes. Neste momento, destaca-se por ser o único hospital da Área Metropolitana de Lisboa com maior falta de profissionais e mais tempo de espera nas urgências, que estiveram encerradas nas noites de sexta e sábado (12 e 13). 

Numa altura de forte incidência de gripes e outras infecções sazonais, a situação agrava-se «pela falta de resposta dos centros de saúde e pelo desinvestimento na fixação e contratação de profissionais» para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), critica a Comissão de Utentes do Hospital Beatriz Ângelo, através de comunicado. A comissão considera «inadmissível» o encerramento dos serviços de atendimento complementar (CATUS), que existiam nos centros de saúde e que, em muitos casos, frisa, «permitiam um atendimento dos utentes com situações menos graves de saúde, aliviando assim a procura das urgências hospitalares e permitindo uma resposta imediata a muitos utentes».

Igualmente «inadmissível», acrescenta, é «que não haja qualquer tentativa de resolução por parte do Ministério da Saúde no que respeita à contratação de profissionais que possam colmatar as falhas já há muito identificadas», criticando o «deixar degradar» com «objectivos que se desconhecem», mas sobre os quais, admite, «podemos facilmente especular». Ou seja, que a unidade de saúde regresse ao modelo de parceria público-privado

O Hospital Beatriz Ângelo serve actualmente os habitantes dos concelhos de Loures (excepto os de Sacavém, Prior Velho, Moscavide, Portela, Bobadela, São João da Talha e Santa Iria de Azoia), Odivelas (excepto a Pontinha), Mafra e Sobral de Monte Agraço.