«Atrasos que levam a esperas significativas dos utilizadores nas paragens, autocarros que nunca aparecem, falta de informação por parte da operadora e falta de respostas às reclamações apresentadas». A população não deixou de se fazer ouvir na segunda, de cinco, reuniões que o executivo CDU da Câmara Municipal de Setúbal (CMS) promoveu em cada uma freguesias do concelho.
As queixas têm-se repetido em cada uma das reuniões realizadas com a população, sendo expectável que as mesmas venham a ser levantadas na última sessão deste conjunto de encontros sobre o serviço de transportes públicos, que se realiza hoje, às 18h30, na União Cultural, Desportiva e Recreativa Praiense, na Junta de Freguesia do Sado.
Na quarta sessão, André Martins, Presidente da CMS, constatou que a empresa com a concessão deste serviço, a ALSA/TODI, «não está em condições de operar, de colocar o sistema a funcionar». «O contrato foi feito com a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que já está a acionar os mecanismos previstos para que a empresa passe a operar como acordado. O problema é que a via administrativa e judicial não vai resolver o problema com a urgência necessária».
O autarca adiantou que são realizadas, todas as semanas, reuniões técnicas com a empresa,nas quais a CMS tem transmitido, desde o primeiro momento, as necessidades, preocupações e reclamações pelo serviço prestado que, persistentemente, tem «defraudado as expectativas da população».
A empresa, no entanto, adia consecutivamente a resolução do problema.
Em resposta, o executivo municipal da CDU está a convidar a população a participar numa concentração no dia 1 de Outubro, sábado, a partir das 10h30, na Praça do Vitória Futebol Clube, «para que expresse publicamente a insatisfação sentida pelo serviço».
Um processo revolucionário bloqueado pelas empresas privadas
A ALSA/TODI começou a operar em Setúbal a 1 de Junho de 2022, na sequência da entrada em funcionamento da marca Carris Metropolitana, projecto da Área Metropolitana de Lisboa que decidiu centralizar a gestão dos transportes públicos após a decisão do Governo, em 2015, de delegar essa competência nas câmaras municipais do país.
A empresa pública, TML, criada para o efeito, dividiu a região em quatro lotes de concelhos, para os quais foram criados concursos internacionais para a prestação do serviço por empresas privadas.
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