«O Regulamento Municipal do Arvoredo de Lisboa, e todo o processo de discussão a ele associado, revelou algumas incoerências e fragilidades da transferência de competências da Câmara para as Juntas de Freguesia, especificamente no domínio dos espaços verdes», refere o comunicado do gabinete de imprensa municipal do Partido Ecologista «Os Verdes».
Várias freguesias de Lisboa reconheceram a sua incapacidade em lidar apropriadamente com as questões ligadas ao arvoredo, em consequência de uma transferência que não se adequa à dimensão destes órgãos do poder local.
«O PEV tem defendido desde sempre que os espaços verdes e o arvoredo em meio urbano desempenham um papel fundamental na promoção da qualidade de vida, devido às suas funções ecológicas, lúdicas e recreativas».
Estas zonas, nas cidades, ajudam a «regular o ciclo hidrológico, promovem respostas de adaptação às alterações climáticas, preservam a bio-diversidade, quebram a monotonia da paisagem urbana, cada vez mais densa e aproximam a população da natureza».
«Os Verdes» recomendam que a Câmara Municipal de Lisboa defina critérios que «permitam considerar como estruturantes os espaços verdes de grande e média dimensão», assim como todas as árvores de alinhamento de grandes vias, «de forma a garantir uma gestão melhor integrada e equilibrada em toda a cidade».