O PEV entregou na Assembleia Municipal de Lisboa um requerimento a questionar a Câmara relativamente às condições para a vida animal na água dos lagos do Jardim do Campo Grande, que foi sujeito a obras de requalificação entre 2012 e 2018.
Em causa estão declarações prestadas pelo director municipal de Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia de que «o objectivo de privilegiar a eficiência hídrica, reduzindo os consumos de água potável destinados à rega dos espaços verdes do jardim, os sistemas electromecânicos de recirculação e desinfecção dos elementos de água que integram o Jardim do Campo Grande não são compatíveis com a existência de vida animal».
O responsável admitiu ainda que «existem noutros espaços verdes da cidade elementos de água com condições que permitem a vida animal residente». O PEV quer saber quais são, «atendendo a que também a Quinta Municipal de Conde dos Arcos, em Olivais, possui um tanque com tartarugas e cágados sem as adequadas condições para permitir e garantir a vida animal», embora admita que a existência de outros espaços «não resolve» o problema dos patos e aves que procuram os lagos do Campo Grande.
Por outro lado, interroga o Executivo de Fernando Medina sobre qual a razão para, apesar dos avultados investimentos realizados na sua reabilitação – designadamente com a renovação de todo o piso do jardim e a modernização do sistema de rega –, a água dos lagos do Jardim do Campo Grande não ser compatível com a existência de vida animal.
«Os Verdes» aproveitam para recordar que os lagos deste jardim público sempre tiveram animais selvagens, nomeadamente patos, gansos, peixes, tartarugas e cágados, e questionam quantos tratadores e cuidadores desses animais existem nos quadros de pessoal do Município de Lisboa.
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