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|Argentina

Trabalhadores argentinos analisam cenário pós-eleitoral

O sindicato ATE realiza uma reunião extraordinária para debater o panorama político, económico e social após o triunfo de Milei nas eleições gerais argentinas e os anúncios de «privatização geral».

Javier Milei, candidato de La Libertad Avanza à Presidência da Argentina, venceu em 20 das 23 províncias do país e na Capital Federal 
Créditos / Página 12

No domingo, o candidato da La Libertad Avanza, Javier Milei, foi eleito presidente da Argentina, com 14 476 462 votos (55,69%), enquanto o representante da Unión por la Patria, Sergio Massa, teve o apoio de 11 516 142 votantes (44,31%).

O candidato classificado como ultra-liberal derrotou o candidato peronista e actual ministro da Economia do governo de Alberto Fernández em 20 das 23 províncias do país e também na capital federal, Buenos Aires.

Massa foi o mais votado apenas nas províncias de Buenos Aires – que não inclui a cidade de Buenos Aires –, de Santiago del Estero e de Formosa.

Logo após a divulgação dos resultados da segunda volta, a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) julgou necessário convocar um encontro do seu secretariado e do Conselho Directivo Nacional, que terá lugar hoje a partir das 10h (hora local).

«Devemos reflectir coletivamente sobre os primeiros anúncios de Milei. Não é muito promissor que comece a falar de privatizações e desmantelamento do Estado», afirmou a organização sindical em comunicado, sublinhando que deve estar à altura das circunstâncias e defender os direitos conquistados por todos os trabalhadores.

Privatizar e privatizar

Nas primeiras declarações à imprensa, o candidato dito «libertário» e «ultra-liberal», agora presidente eleito da Argentina, reafirmou o que havia dado a entender na campanha eleitoral, refere o diário Página 12.

«Tudo o que possa estar nas mãos do sector privado vai estar nas mãos do sector privado», disse, tendo anunciado a intenção de privatizar os meios de comunicação social públicos, como a Radio Nacional, a TV Pública e a agência noticiosa Télam.

A estatal petrolífera argentina YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales) é outro alvo na mira privatizadora, mas primeiro tem de ser «endireitada» ou «recomposta», disse Milei, acrescentando que a ideia é pôr as empresas «a criar valor para as vender de forma benéfica para os argentinos».

Javier Milei também deixou claro que irá revogar a Lei do Arrendamento, que há algumas semanas foi aprovada no Congresso com mudanças favoráveis aos inquilinos. Para o novo presidente argentino, essa lei provocou «enormes danos» e, como «se trata de um contrato entre partes», defendeu a «liberdade total» nesta matéria.

Quanto ao Banco Central, reafirmou a intenção de acabar com ele, tendo dito que se trata de «uma obrigação moral» e, embora tenha evitado falar de «dolarizar», disse que «a moeda será a que os indivíduos escolherem livremente».

Neste contexto, falou de um plano para lidar com a inflação, «um processo que tarda entre 18 e 24 meses» para a «destruir» e «levar aos níveis mais baixos internacionalmente».

Repressão dos protestos

Ao ser questionado sobre eventuais protestos nas ruas contra as medidas que o próximo governo venha a tomar, deixou a ameaça: «Quando há um crime, há que reprimi-lo.»

«Deus queira que não, mas pode ser que acabem por criar, digamos, uma situação delicada nas ruas. Isso acontece geralmente na Capital Federal. Já estamos a trabalhar para justamente manter a ordem nas ruas», afirmou, acrescentando: «Tudo dentro da lei, nada fora da lei. Quem as fizer paga-as.»

«Viagem espiritual» a EUA e Israel

Segundo refere o Página 12, Javier Milei anunciou ainda que fará uma «viagem espiritual» aos Estados Unidos e a Israel antes da tomada de posse, a 10 de Dezembro.

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