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«Sim à Paz! Não à NATO!», gritou-se em Lisboa

Dezenas de pessoas juntaram-se, em Lisboa, para exigir a dissolução da NATO. Com o mesmo propósito, haverá uma iniciativa no Porto. Na sexta-feira, será denunciada a presença de Pompeo e Netanyahu em Portugal.

Dezenas de pessoas exigiram, em Lisboa, a dissolução da NATO e repudiaram os objectivos belicistas da cimeira de Londres
Dezenas de pessoas exigiram, em Lisboa, a dissolução da NATO e repudiaram os objectivos belicistas da cimeira de Londres Créditos / CPPC

«"Sim à Paz! Não à NATO!" foi o clamor que uma vez mais soou nas ruas de Lisboa, ao final de tarde de terça-feira», no decorrer da acção convocada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e mais duas dezenas de organizações, para reivindicar a dissolução da NATO e dizer «não» aos propósitos belicistas da cimeira que se realiza por estes dias em Londres, lê-se na nota hoje divulgada pelo CPPC na sua página de Facebook.

No preciso momento em que, na capital britânica, «os líderes da NATO tomavam decisões para reforçar o militarismo e a guerra», na capital portuguesa «exigia-se a defesa da paz, o desarmamento geral, simultâneo e controlado, o fim da militarização da União Europeia, o respeito pela soberania dos povos e a utilização das verbas hoje gastas com armamento na resolução dos graves problemas que afectam os povos do mundo», sublinha o texto.

Ao intervir, a vice-presidente da direcção nacional do CPPC, Beatriz Goulart, afirmou que a NATO e os seus membros são «a principal ameaça à paz e à segurança no mundo», também pelo facto de serem «os responsáveis pela esmagadora maioria das bases militares em território estrangeiro e pelas fabulosas (e crescentes) despesas militares mundiais».

A dirigente lembrou ainda que a NATO promove «a aplicação militar das novas tecnologias, a militarização do espaço e do ciberespaco, o agravamento da tensão militar junto às fronteiras da Rússia e da China» e que admite «o recurso às armas nucleares num primeiro ataque, inclusivamente contra países que não tenham este tipo de armamento».

A «luta pela paz», que teve expressão em Londres, terá continuidade hoje no Porto e, sexta-feira, novamente em Lisboa, no Largo de Camões (18h), para repudiar a presença em Portugal do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo – que o CPPC caracteriza como um dos «representantes dos sectores mais reaccionários e belicistas instalados na administração norte-americana» –, e do primeiro-ministo israelita, Benjamin Netanyahu.

«Portugal não deve receber o criminoso Benjamin Netanyahu»

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) é uma das organizações que promovem a concentração de protesto da próxima sexta-feira contra as visitas de Pompeo e Netanyahu a Portugal.

Num comunicado, o organismo português solidário com a Palestina «condena a deslocação a Portugal de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, esta quarta e quinta-feira», lembrando que a viagem se destina «à realização de um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo», e será «aproveitada para encontros com o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal».

De acordo com a comunicação social israelita, Netanyahu e Pompeo irão abordar no seu encontro temas como o Irão e outras questões regionais, além da possível anexação do Vale do Jordão e um pacto de defesa entre Israel e os EUA.

Ou seja, a reunião «será dedicada à coordenação de acções de desestabilização no Médio Oriente tendo por alvo e pretexto o Irão, como acontece na Síria, e à preparação da anexação de uma parte importante da Cisjordânia, numa nova e gravíssima violação do direito internacional e do direito do povo palestiniano à autodeterminação e ao seu Estado independente», alerta o MPPM.

Para este organismo, é «grave e motivo de justas inquietações que o primeiro-ministro português se disponha, também ele, a receber Netanyahu» e é «inaceitável que o Governo português se preste a acolher o encontro entre Pompeo e Netanyahu, tanto mais quanto é sabido que o Reino Unido» – e, ao que parece, outros países europeus –, «se escusou a acolher o ainda primeiro-ministro israelita».

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