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Presos palestinianos em detenção administrativa cumprem um dia de protesto

A greve de fome, anunciada esta terça-feira, visa chamar a atenção para a situação de extrema gravidade em que se encontra Kayed al-Fasfous, também detido sem acusação ou julgamento em Israel.

Solidariedade com Kayed al-Fasfous (imagem de arquivo) 
Solidariedade com Kayed al-Fasfous (imagem de arquivo) Créditos / middleeasteye.net

Os prisioneiros palestinianos detidos administrativamente nos cárceres israelitas fazem hoje greve de fome, indica a agência Wafa. Com esta acção, simbólica, pretendem expressar a sua solidariedade a Kayed al-Fasfous, detido no mesmo regime e que se encontra em greve de fome há 63 dias em protesto contra a sua detenção administrativa.

Recentemente, a mulher de al-Fasfous, Hala Nammura, disse a meios de comunicação que o estado de saúde do marido se estava a deteriorar, e a Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) revelou que as autoridades prisionais da ocupação o tinham transferido da cadeia onde estava para a unidade hospitalar da prisão de Ramla.

Kayed al-Fasfous, de 34 anos e oriundo de Dura, junto a al-Khalil (Hebron), na Cisjordânia ocupada, é um dos muitos presos que, confrontados com a detenção administrativa, recorrem à greve de fome como protesto.

«De acordo com a lei militar que se aplica na Cisjordânia, uma pessoa pode ser detida administrativamente durante seis meses, mas a ordem pode ser renovada, pelo que a reclusão na prática é indefinida e os detidos nunca sabem quando serão libertados», denunciou a B'Tselem, uma organização israelita de defesa dos direitos humanos nos territórios ocupados.

Recorrendo à detenção administrativa, Israel mantém reclusos nas cadeias da ocupação sem acusação nem julgamento, com base numa «prova secreta» que nem o advogado do detido pode ver.

Movimento dos Presos não vai ficar a assistir passivamente

Ao anunciar o dia de protesto e solidariedade com al-Fasfous, o movimento dos presos palestinianos lembrou, em comunicado, «a experiência amarga no caso do assassinato de Khader Adnan», em alusão ao preso natural de Arraba (perto de Jenin), que em Maio deste ano faleceu na luta contra o regime de detenção administrativa – considerado ilegal a nível internacional.

Neste sentido, tendo em conta a gravidade do estado de saúde de al-Fasfous e a decisão recente de um tribunal israelita de não o libertar, o texto afirma que «o Movimento dos Presos em todas as cadeias não vai ficar a assistir passivamente e não vai permitir que se repita o que se passou com o mártir Khader Adnan».

Os presos palestinianos responsabilizam inteiramente as autoridades da ocupação pela vida de al-Fasfous e sublinham que as iniciativas solidárias irão prosseguir até que as exigências do detido sejam respeitadas, fazendo frente à intransigência dos tribunais israelitas.

De acordo com a SPP, o número de presos palestinianos detidos administrativamente nos territórios ocupados em 1948 era superior a 1300 no final de Setembro.

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