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Cuba reitera condenação do massacre israelita na Faixa de Gaza

Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, reafirmou esta terça-feira a condenação do genocídio do povo palestiniano pelas forças sionistas: «Não há crime comparável às bombas genocidas sobre Gaza.»

Escola bombardeada pelas forças sionistas de ocupação na Cidade de Gaza, a 20 de Agosto de 2024 Créditos / @QudsNen

Na sua conta de Twitter (X), o chefe de Estado destacou os mais de 40 mil palestinianos mortos, mais de 92 mil feridos e quase dois milhões de deslocados que os bombardeamentos das forças militares israelitas provocaram desde Outubro do ano passado.

«O dia em que gerações vindouras perguntarem por que não parámos o holocausto, não teremos resposta digna e razoável», escreveu Díaz-Canel.

Também esta terça-feira, fonte oficial no enclave costeiro palestiniano, citada pelo portal Al Quds, disse que «a ocupação israelita cometeu deliberadamente massacres contra crianças palestinianas em Gaza de forma clara e massiva», tendo precisado que, entre os mais de 40 100 palestinianos mortos, 16 480 eram menores de idade.

Acrescentou que, desses, 115 nasceram e morreram durante esta guerra, e 35 faleceram como consequência da fome e da desnutrição.

Disse ainda que «mais de 17 mil crianças vivem sem os seus pais ou sem um deles» porque foram assassinados pelas forças militares israelitas.

Escola e mercado bombardeados

A Escola Mustafa Hafez, que servia como refúgio a centenas de pessoas deslocadas na Cidade de Gaza, foi totalmente arrasada pelas bombas israelitas, esta terça-feira.

De acordo com a informação veiculada pela Protecção Civil no território, pelo menos 12 pessoas perderam a vida, havendo dezenas sob os escombros.

Escola Mustafa Hafez, na Cidade de Gaza, servia como refúgio a centenas de pessoas deslocadas / @QudsNen

Uma criança que conseguiu ser resgatada com vida disse à Al Jazeera que as pessoas viviam ali com medo há meses. Outros sobreviventes referiram-se à potência da explosão, que atirou as pessoas para o chão e fez colapsar o edifício.

As autoridades temem que o número de vítimas mortais seja muito superior ao inicial, porque há «uma total falta de equipamento e outros recursos», e nas operações de resgate os trabalhadores estão a escavar com as mãos.

Em Deir al-Balah, no Centro do enclave, as forças de ocupação atacaram a rotunda de al-Birka, onde funcionava um mercado. Pelo menos nove pessoas perderam a vida; muitas outras foram levadas para o Hospital Al-Aqsa, indica a mesma fonte.

Ao início da noite, fontes médicas revelaram à Al Jazeera que pelo menos 52 pessoas foram mortas no enclave costeiro esta terça-feira, como resultado dos bombardeamentos israelitas referidos e de outros em al-Bureij, Khan Younis, Nuseirat e Rafah.

Os bombardeamentos aéreos e de artilharia israelitas continuaram ao longo desta noite e madrugada, tendo provocado um número indeterminado de vítimas (a Wafa refere-se a dezenas), em Rafah e Khan Younis (Sul do enclave), em Deir al-Balah e Nuseirat (Centro), em vários bairros da Cidade de Gaza e no campo de refugiados de Jabalia (Norte).

Escalada na Cisjordânia ocupada

Um palestiniano de 18 anos, Mahmoud Ibrahim al-Haroub, foi atingido a tiro num olho, segunda-feira, pelas forças de ocupação em Dura, nas imediações de al-Khalil (Hebron), vindo a falecer ontem.

Segundo referiu a Wafa, no espaço de dez meses, desde 7 de Outubro de 2023, colonos e militares e israelitas mataram pelo menos 636 palestinianos (147 dos quais menores) na Margem Ocidental ocupada. No mesmo período, foram feridos ali cerca de 5400.

Num contexto de raides e operações diárias contra várias localidades palestinianas, incluindo Jerusalém Oriental ocupada, organismos ligados aos direitos dos presos, como a Sociedade dos Presos Palestinianos e o Clube dos Prisioneiros, revelaram que mais de 10 200 palestinianos foram detidos na Cisjordânia desde o início de Outubro.

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