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Parlamento Europeu abre portas à ingerência na Venezuela

Os deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE) repudiam a resolução sobre a Venezuela ontem aprovada em plenário e reafirmam que cabe a este país resolver os seus assuntos internos, sem ingerências.

Os deputados do PCP no PE reafirmam a sua solidariedade com a Venezuela e a sua Revolução Bolivariana
Os deputados do PCP no PE reafirmam a sua solidariedade com a Venezuela e a sua Revolução BolivarianaCréditos

[[nid:(490)]] A resolução foi aprovada esta quarta-feira, 8, com 501 votos a favor, 94 contra e 73 abstenções. A deputada do Bloco absteve-se, enquanto os deputados de PS, PSD e CDS votaram a favor. Para os comunistas, a resolução abre caminho à «intervenção externa na Venezuela», associando «de forma aberta e despudorada o PE às manobras de ingerência externa, boicote e desestabilização» contra o seu «legítimo governo».

Numa nota de imprensa, os três deputados do PCP no PE acrescentam que a gravidade é maior quando o documento constitui «objectivamente uma tentativa e uma forma de pressão para travar os desenvolvimentos positivos recentes de abertura de canais de diálogo entre o Governo e a oposição venezuelanos», na sequência da acção da diplomacia regional latino-americana.

Neste sentido, responsabilizam todos aqueles que, no PE, «com o seu voto a favor ou a sua abstenção, contribuíram para a aprovação desta resolução», posicionando-se «contra o diálogo político e o papel da diplomacia política na resolução da crise», e recordam que este posicionamento contraria, inclusive, a Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, «que subscreveu o esforço de diálogo que várias estruturas regionais da América Latina, nomeadamente a ALBA [Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América] e a AEC [Associação de Estados das Caraíbas], estão a promover».

Posição instigadora de conflitos

Os parlamentares comunistas denunciam a «postura agora afirmada por todos aqueles que contribuíram para aprovar esta resolução» como contrária aos interesses da paz e da solução política de conflitos, na medida em que «alimenta a agenda golpista e intervencionista das forças radicais de direita» e se coloca «ao lado dos que, usando o boicote, a chantagem económica e a aberta ingerência externa, desrespeitam despudoradamente a legalidade internacional e a independência e soberania da Venezuela».

Trata-se de um posicionamento que deixa transparecer uma atitude da UE «própria do passado colonialista de vários Estados europeus, derrotada pela luta dos povos e pela História», sublinham.

Tendo em conta o «apoio encapotado e o envolvimento directo» numa intervenção externa na Venezuela – desejada pelos sectores mais reaccionários e radicais daquele país –, contidos nas propostas da resolução aprovada, o texto salienta que esta aprovação é «instigadora de conflitos» e «prejudica não só o povo venezuelano como a estabilidade do continente latino-americano e os interesses dos Estados-Membro da União Europeia», comprometendo as próprias relações entre as instituições europeias e as estruturas regionais da América Latina, bem como com a República Bolivariana da Venezuela.

Afirma-se ainda no documento que os deputados PCP no PE intervieram, no debate, «no sentido de valorizar o diálogo entre as diferentes partes sob os auspícios da UNASUL», bem como no de «defender o direito de soberania da República Bolivariana da Venezuela e o direito inalienável do seu povo de decidir dos destinos do seu país».

Neste sentido, reiteram «a sua solidariedade para com o povo da Venezuela e a sua Revolução Bolivariana» e reafirmam que «cabe única e exclusivamente aos venezuelanos resolver os seus assuntos internos», no âmbito «do quadro constitucional e legal de um país que há quase duas décadas é um exemplo no plano do funcionamento democrático das suas instituições e da democracia participativa».

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