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Os refugiados, «questão central do nosso tempo»

Por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, que hoje se assinala, o MPPM alerta para «esta tragédia humanitária», com causas e responsáveis. Anuncia, ainda, a realização de um colóquio, amanhã, no Porto, sobre a situação dos refugiados palestinianos.

Mulheres palestinianas num centro de distribuição da UNRWA, no campo de refugiados de Jaramana (Damasco, Síria)
Mulheres palestinianas num centro de distribuição da UNRWA, no campo de refugiados de Jaramana (Damasco, Síria)CréditosCarole Alfarah / un.org

Num comunicado emitido a propósito do Dia Mundial do Refugiado, que hoje se assinala, o Movimento pelos Direitos dos Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) expressa a sua solidariedade com os refugiados de todo mundo e, em particular, «com os milhões de refugiados palestinianos e de todo o Médio Oriente».

Para além disso, neste 20 de Junho de 2017, o MPPM condena «a ingerência e agressão das potências ocidentais e seus aliados aos países do Médio Oriente», considerando que essa é «a causa central» do problema dos refugiados, cuja solução de fundo passa, entre outros aspectos, pelo «respeito pela integridade e independência dos países da região».

Reclama também a solução da questão palestiniana «como condição indispensável a uma solução justa do problema dos refugiados palestinianos».

Tragédia com causas e responsáveis

«A vaga de refugiados que nos últimos anos têm procurado a Europa, e que já transformou o mar Mediterrâneo num gigantesco cemitério, não pode deixar ninguém indiferente», afirma o organismo. Sublinha, no entanto, que a dimensão deste «drama» não se confina «àqueles que procuram a Europa», pois há muito que os países vizinhos das zonas de guerra «têm servido de países de acolhimento de milhões de refugiados».

Esta «verdadeira tragédia humanitária», feita das tragédias de cada uma das «pessoas que fogem à guerra, à miséria e às perseguições», «tem causas e tem responsáveis», salienta o documento. «Os milhões de refugiados do Médio Oriente não são fruto do acaso: fogem a situações de conflito fundamentalmente devidas à ingerência das potências ocidentais, que procuram manter o domínio sobre aquela estratégica zona do globo», explica.

E acrescenta: «As intervenções militares levadas a cabo pelos Estados Unidos e seus aliados no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria, no Iémen, a deliberada fragmentação de países e destruição de estruturas estatais, o fomento de conflitos étnico-religiosos – eis o que está na base da vaga de refugiados.»

Os refugiados palestinianos

O texto refere-se de forma particular aos refugiados palestinianos, cuja situação não pode ser escondida e silenciada em função dos dramas dos refugiados nos últimos anos. O MPPM lembra que, na origem da questão dos refugiados palestinianos, está «a campanha deliberada e organizada de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas em 1947-1948», que precedeu e acompanhou a criação do Estado de Israel. No começo dos anos 50, a UNRWA, agência da ONU de apoio aos refugiados palestinianos no Médio Oriente, estimou que o seu número fosse de 860 mil.

 

De acordo com a mesma organização, «estes refugiados "de 1948" e os seus descendentes são hoje cinco milhões» e residem «sobretudo na Jordânia, no Líbano, na Síria, na Faixa de Gaza e na Margem Ocidental do rio Jordão». A estes juntou-se a vaga de deslocados e refugiados resultante da ocupação total do território palestiniano, em 1967 – uma população de refugiados (a mais antiga e numerosa do Médio Oriente) que, ao longo dos tempos, têm sido «vítima dos conflitos e agressões aos países onde estão instalados, como no caso do Líbano e da Síria», salienta o MPPM.

Colóquio amanhã no Porto

Por iniciativa da Associação dos Amigos do Teatro da Liberdade da Palestina em Portugal, realiza-se amanhã, 21, na Cooperativa do Povo Portuense, no Porto, o colóquio «Os refugiados hoje: os palestinianos sucessivamente refugiados».

A iniciativa tem início às 21h e conta com as intervenções de Zahraa Zawawi, professora da Universidade An-Hajah, em Nablus, e Belai Hosnia, presidente do Conselho de Administração do Freedom Theatre, de Jenin.

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