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Inter afirma «solidariedade aos trabalhadores e aos povos» face ao surto epidémico

Esta solidariedade é «reforçada» no caso dos povos e países «vítimas das políticas de embargo, sanções, agressão, bloqueio e cerco» que o imperialismo norte-americano procura agora intensificar.

«A evolução da situação demonstra como o combate ao vírus é indissociável da luta dos trabalhadores e dos povos em defesa dos seus direitos», defende a Inter
Créditos / arynews.tv

Tendo em conta a pandemia de Covid-19, a CGTP-IN sublinha que a solidariedade assume um «carácter redobrado», porque, «além de prevenir e combater o vírus e defender a saúde e a vida», os trabalhadores e os povos enfrentam, no actual contexto, «o brutal agravamento da exploração, o ataque aos seus direitos, rendimentos e condições de vida».

«A evolução da situação demonstra como o combate ao vírus é indissociável da luta dos trabalhadores e dos povos em defesa dos seus direitos», afirma a central sindical numa nota de imprensa, na qual vinca a ideia de que esta luta terá «forçosamente de continuar e aprofundar-se no futuro», nela se incluindo «o reforço da solidariedade internacionalista».

Lembrando que, em Portugal, o combate ao surto epidémico é «pretexto para Governo e patrões torpedearem direitos, liberdades e garantias, e imporem a quem trabalha o custo do agravamento da crise económica que este problema de saúde pública potencia», a Intersindical diz ver com preocupação o «alastrar do vírus a países do Terceiro Mundo».

Estes, com «sistemas de saúde e economias ainda mais frágeis», em vez de receberem «a necessária ajuda genuína e cooperação internacional», são confrontados com a imposição das «mesmas políticas neoliberais e os mesmos protagonistas (FMI e Banco Mundial) que limitam ou impedem uma resposta cabal ao problema e agravarão os problemas económicos e sociais existentes», lê-se na nota.

A situação dos refugiados e imigrantes, «encurralados em centros de detenção sobrelotados e acampamentos», que são «terreno fértil para o vírus», também preocupa a Inter, que manifesta uma solidariedade «reforçada aos povos e aos países vítimas das políticas de embargo, sanções, agressão, bloqueio e cerco que o imperialismo norte-americano procura intensificar neste momento».

Entre os visados contam-se Cuba, Venezuela, Síria e China, que são alvo de uma «postura que, em tempos de surto epidémico, acentua o seu carácter criminoso», e que contrasta com a solidariedade desenvolvida por estes países, «levando genuína ajuda onde esta é solicitada».

Mensagem particular para os povos saarauí e palestiniano

O povo saarauí, que «continua sem conseguir constituir o seu Estado livre e independente», é destinatário da «mais firme e solidária mensagem» enviada pela CGTP-IN, que lembra as «brutais limitações ao acesso à saúde» a que os saarauís estão sujeitos tanto nos territórios ocupados como nos acampamentos de refugiados, «onde, apesar das medidas implementadas pelas autoridades saarauís, a população está mais fragilizada».


O povo e os trabalhadores palestinianos são também destinatários da expressão de uma «particular solidariedade» por parte da Intersindical. «A braços com a luta pelo direito de constituir o seu Estado livre e independente, sofrem de forma particular com a política opressora, agressiva e repressiva de Israel, e que se agrava com a crise sanitária que o mundo enfrenta», denuncia o documento.

O surto epidémico – lê-se no texto – não só «não fez recuar» como, pelo contrário, «intensificou a política de ocupação e bloqueio por parte do regime sionista», que limita o acesso do povo palestiniano «aos mais básicos direitos, desde logo à saúde e à agua, nomeadamente em Gaza».

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