«Cuba está impedida de comprar equipamentos, tecnologias, dispositivos médicos e produtos farmacêuticos a empresas norte-americanas e às suas filiais em países terceiros, sendo por isso obrigada a adquiri-los a preços exorbitantes através de intermediários ou a substituí-los por medicamentos genéricos menos eficazes», referiu Bruno Rodríguez Parrilla, ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, na sessão de hoje da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O carácter desumano do estrangulamento político e económico do bloqueio, aplicado pelos Estados Unidos da América em 1962, foi bem evidente durante a situação pandémica (Covid-19) dos últimos anos, afirmou o representante do Governo de Cuba. Os EUA precisaram de emitir uma licença especial para Cuba poder adquirir oxigénio para fins médicos.
A embaixadora do Gabão, Aurélie Flore Koumba Pambo, país que ocupa actualmente um assento no Conselho de Segurança da ONU, descreveu o bloqueio económico como um «acto claramente hostil à coesão regional e continental» praticado pelos EUA, em violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.
Paul Folmsbee, representante dos Estados Unidos da América, garantiu que o seu país «está firmemente» ao lado do povo cubano, quando aplica brutais sanções económicas ao país e à sua população. Os EUA rejeitam a resolução e a posição adoptada por todo o mundo, defendendo que as medidas aplicadas servem para fazer ouvir a voz do «povo cubano e as suas aspirações de determinar o seu próprio futuro», mais alinhado com os interesses das elites norte-americanas.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui